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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

ROMPER DA AURORA - Alcides Morais e Luizinho

Ouvindo o murmurar da cachoeira 
Das águas que desabam da pedreira
São as mais belas horas que existem em minha vida
Ver a madrugada nascer florida



 As árvores balançam calmas seus fortes galhos
As flores, de frio, gemem sem agasalho
E os passarinhos põem-se a cantar e a deslumbrar
Quem de longe assiste o sol raiar
 
Quando o sol descamba calmo no horizonte
Os passarinhos voltam aos seus ninhos
A lua no céu tristonha, além a cerração
Enche de esperança meu coração
 

Esta é uma das letras mais significativas - para meu gosto - do cancioneiro popular de raíz, que já tive oportunidade de ouvir. 
Torna-se, aos meus ouvidos e cantar, uma oração que o autor faz numa madrugada, ao contato com o som das águas, o cantar dos pássaros. 
Tenho oportunidade de presenciar o nascer do sol, o cantar doce e suave de um regato, próximo a minha residência, as flores dando seu néctar para abelhas pousar e extraí-lo. Inigualável sensação de proximidade com nosso Creador. A natureza exuberante realmente enche de esperança nossos corações, em especial o meu, quando para ela atentamos.    
 Não consegui encontrar outra interpretação, a não ser esta que coloco, a qual encontrei no you tube. É bastante antiga, não posso precisar a época, mas julgo ser das décadas de 50 ou 60; talvez até mais antiga. 


Essa letra e música também faz parte dos retalhos que fui amealhando vida afora. Participei de uma gravação na década de 70, onde o cantor Amaraí a interpretou de forma singela. O disco em vinil, não sei se está disponível no mercado. Raridade, quem sabe!


(foto Elvio Antunes de Arruda - São Carlos 20.05.2010)


comentários de Inajá Martins de Almeida
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