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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DAS COISAS QUE O ESCRITOR PRECISA


"Preciso de menos, menos, menos, os mais me custam a visão, a intelectualidade é fator preponderante de menos, menos, menos. Quanto menos temos mais espaço haverá para armazenarmos nossas conquistas".


Rita Elisa Sêda - leia todo o texto


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DAS COISAS QUE O ESCRITOR PRECISA

por Inajá Martins de Almeida



Sim...
 Precisamos de tão poucas coisas
Mas de importância vital para o escritor:

Um lápis,
Um papel em branco,
Uma noite de insônia,
Uma boa inspiração
Que se mova à transpiração. 



Puxa... Pensando bem,
Até que não é tão pouco assim.

Mas... acima de tudo:

Precisamos desse amor sincero,
Dessa paixão intensa pelas linhas.



Precisamos de um encontro sereno,
Macio do negro grafite
A deslizar no papel em branco.

Precisamos dessa magia não sei o quê
Que nos envolve num emaranhado de letras
Numa noite em que o sono não nos vem
Ou numa tarde de sol intenso.

Precisamos de leitores cientes,
Que possam apreciar a obra do escritor.
Que saibam manifestar senso critico
Sob um ponto de vista ótico
Ante a magnitude do texto
E que ainda mais
Acrescentem textos aos textos
Linhas às linhas
Saibam o significado real das entrelinhas:
Leitores que possam se tornar co-autores.

Precisamos de amigos sinceros, leais,
Ainda que distantes nos queiram bem. 
Amigos que ao nos encontrar nos olhem nos olhos,

Gargalhem por dentro e por fora,
Apertem-nos ao peito, bem apertado,
Nada nos cobrem, apenas possam sentir
O pulsar dos corações.
Amigos que possam nos ler, a nós
Antes mesmo do próprio texto.

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Rita Elisa Seda, minha tão querida escritora e amiga, foram tuas palavras que me inspiraram, não numa noite de insônia, mas enquanto lia e relia o texto nesta tarde ensolarada de São Carlos. Obrigada pela magia das palavras, mas, acima de tudo, perdoe-me pela pretensão dos versos.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FABIANO DOS SANTOS - O ENCANTADOR DE PALAVRAS

Ouvindo histórias da avó, da mãe e do pai, Fabiano dos Santos, torna-se escritor. Creio que acontece tal fato com muitos de nós, que chegamos aos livros, que levamos nossas linhas a grande rede, ou que simplesmente enchemos cadernos com nossas lembranças e as guardamos no fundo de alguma gaveta.


Eu também tenho um pai que se dedicou a história de personagens e cidades, havendo editado alguns livros, revistas e artigos em jornais.


Uma mãe que nos contava histórias como ninguém - claro na expressão da filha. Além do mais me ensinava também o gosto pelas linhas e lãs através das agulhas.


Assim digo sempre que nas linhas aprendi tanto a tecer trabalhos manuais como tecer palavras. Tornei-me artesã das linhas e das lãs, ao ponto de não mais delas me apartar.


Em determinado momento, vejo-me a escrever que entre livros nasci, entre livros me criei, entre livros me formei, entre livros me tornei, agora não há como separar - o livro sou eu. 


Assim muito me chamou atenção as palavras de Fabiano quando por meio da   entrevista concedida a Regina Ribeiro para o Jornal on line O Povo, diz que :

"Eu tinha uma avó que contava histórias encantando as palavras, um pai que conta histórias sem medir as palavras e uma mãe que lê nas entrelinhas das palavras. Aquilo me encantava e foi vital na minha formação leitora. Tomava suas vozes emprestadas. Mãe lia para a gente dormir, Vó contava para a gente acordar para o mundo e Pai narrava suas aventuras como se sua vida fosse um romance de cordel. Queria ser poeta e fui me tornando leitor assim, embrenhando-se no mundo que mora dentro e fora das palavras. Pois sou daqueles que acreditam que as palavras podem fazer coisas com a gente, mas que também podemos fazer coisas com as palavras". 

O diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura/Fundação Biblioteca Nacional, Fabiano dos Santos  é um cearense que desde menino gosta das palavras...leia a entrevista completa

NA JORNADA COM CRISTO - Max Lucado

"Teríamos coragem de julgar um livro antes que os capítulos fossem escritos?" Na livraria o pequeno livro esconde conteúdo valoroso. Capítulos curtos, frases elaboradas com esmero fazem com que o autor adentre os corações mais sofridos e, valendo-se das palavras do apóstolo Paulo para os filipenses diz: "estou convencido de que aquele que começou boa obra em voces vai completá-la até o dia de Cristo Jesus". (Fp 1:6)

Enriquecedoras as palavras do autor, quando em suas linhas nos diz que "podemos contar com Ele para estar do [nosso] lado seja qual for [nosso] comportamento" porque ademais "parece que Deus está procurando mais caminhos para nos levar para casa do que para nos manter fora dela".

Poderíamos assim encontrar palavras mais encorajadoras: saber que o Pai nos levará para Sua casa não se importando com os caminhos que façamos ou fizemos, "pois o coração certo com a doutrina errada é melhor que a doutrina certa com o coração errado".

Há sim um propósito de Deus para nossa jornada e, "bem no fundo do coração você encontrará a procura por um sentido na vida, a busca incessante por um propósito". Eu encontrei, você também encontrará.

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Lucado, Max. Na jornada com Cristo: o roteiro de Deus para a realização pessoal / Max Lucado; traduzido por Maria Emília de Oliveira. - São Paulo: Mundo Cristão, 2011.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O ATO DE LER - comentários de Jacqueline Andrade

O universo virtual nos surpreende realmente. Há alguns anos escrevi um texto e o divulguei na rede. Minha surpresa fora saber que o mesmo motivara o exame ENEM daquele ano - 2006 - mais ainda os leitores o buscavam e comentários eram declinados, até que um, em especial chama-me atenção. Era então a professora Jacqueline que, ao encontrar o texto, ou por ele ser encontrada, como discorre, alegra-me sobremodo, ao ponto de não me conter e fazer com que esse contentamento encontre mais leitores.

Quero aqui registrar o que encontrei, para que fique gravado para sempre a manifestação de carinho da professora para comigo.

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"Nas minhas idas ao mundo virtual da internet, encontrei-me com um texto que, como dizem meus alunos presenciais, é a minha cara.

Falo encontrei-me com o texto, e não, encontrei o texto, pois, para mim, tem conotações diferentes.

Para mim, foi um encontro, e não um achado. Encontro porque envolveu magia. Envolveu cumplicidade. Troca. Envolvimento. Parecia que já nos conhecíamos. Sim…o texto e eu…como uma cara metade.

Foi algo prazeroso. Como todo encontro…

Uso a palavra “encontro”, porque me dá este sentimento de prazer. Como acontece quando ouço a palavra “lua” e a palavra “estrela”. Não sei se com você acontece o mesmo, mas estas palavras são mágicas…como a palavra “amor”. Essas duas palavras sempre tiveram a força de remeter os amantes da vida a momentos mágicos…de leveza…de companhia ou solidão…dependerá da situação, não é mesmo? São palavras que nos remetem à imaginação…à fantasia.

Assim, quero compartilhar com você este encontro.

Gostaria de que você, após encontrar-se com este texto, escrevesse qual foi a sensação que teve após a leitura dele.

Pode ser verdadeiro (a)!

Escreva apenas o que vier à sua mente…pois é o que sai da alma. O que importa aqui são as emoções…E leitura é emoção. Independente do tipo de emoção despertada em nós, não é verdade?

Pois bem! Vamos à leitura do texto ” O ato de ler”

Um abraço carinhoso,"


Profa. Jacqueline Andrade

jasilva@ftc.br

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O ATO DE LER
Por Inajá Martins de Almeida

Dê-me uma meada de lã e eu teço um agasalho.
Dê-me uma palavra e eu formulo uma frase.
Dê-me uma frase e eu escrevo um texto.
Dê-me um texto e eu componho um livro”. (1) continue lendo

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Belíssimos artigos, propícios para o momento.
Num deles Marcelo Duarte, para a revista Almanaque Brasil, da TAM,  faz significativo intróito para a composição de um hino que possa registrar o momento. Para compreender estas poucas palavras, acompanhe o artigo que segue abaixo. 





  



Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição. Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação. continue lendo
Enriquecedor o ensaio do professor Alvacyr Pedrinha sobre o Hino Nacional Brasileiro, o qual é disponibilizado   




"O Hino Nacional de cada povo expressa, em todas as suas gamas, o modo de ser da psique coletiva de sua gente...  “Se o Hino Nacional tivesse, desde o início, letra compatível com a beleza e pujança da música instrumental, teria por certo comprovado sua filiação monárquica e, como tal, jamais poderia continuar vigorando após a Proclamação da República. Providencialmente o Hino Nacional recebeu, no período imperial, diferentes versos... Assim, aquele brotar de energias humanas, surgido pouco depois da vitória do movimento republicano, pôde ser controlado no seu impulso vivificador antes de se haver constituído em arma positiva contra o velho Hino de Francisco Manuel da Silva.” continue lendo

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pesquisa: Inajá Martins de Almeida
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Se a arte imita a vida, podemos notar que a história do Hino da Independência foi tão marcada de improviso como a ocasião em que o príncipe regente oficializou o fim dos vínculos que ligavam Brasil a Portugal. continue lendo



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

TARSILA DO AMARAL