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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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domingo, 23 de abril de 2023

O QUE LEVAREI EM MINHA BAGAGEM?

Encontros me são inspiradores. O escritor, editor e amigo virtual João Scortecci é essa possibilidade de adentrar meu interior, minha veia escritora, sem o ser, sem o ter livros editados, e, abduzir-me à minha imaginação e me conduzir às linhas.

Assim é que, nesta manhã de domingo, ao adentrar o facebook, logo nos primeiros momentos do dia, sou raptada a refletir ante algumas proposituras: 

Quando vier meu momento de traslado, quem sabe raptada ou abduzida for, o que poderei levar em minha bagagem?

Questiono-me. Interrogo-me. Conjecturo...

Quiçá tantas memórias contidas; lembranças tantas; sonhos realizados, alguns inconclusos; desvios de caminhos, de rotas, de metas. 

Quiçá muros intransponíveis, quem sabe. Quem sabe algumas pontes construídas.

Quiçá livros não lidos e também não escritos.

    










O INFINITO EM NÓS

Quantas vezes não nos damos conta do tempo, até que, ao retornar às nossas escritas, às nossas publicações, às nossas reflexões, percebemos que o tempo se conta em dias, e anos. 

Assim é que, aqui estou, após longa jornada de ausência.


"Às vezes a lua fica em forma de vírgula, para mostrar que o infinito não tem ponto final!


Aqui estou a reflexionar, nesta manhã clara e límpida de domingo, quando uma frase me chama às linhas. E escrevo: ...

Aprecio por demais as publicações que me encontram e me trazem a possibilidade de reflexão, ir além das palavras, das vírgulas, dos pontos finais. 

Algumas publicações, é o caso desta que registro, levam-me além das vírgulas; transformam-me em reticências, quando o silêncio corta a continuidade da fala. 

Os 360 graus que nos dá a possibilidade de retornar ao local da partida, quando a lua cheia nos permite o espetáculo da luminosidade em meio a escuridão da noite - a escuridão dos nossos pensamentos, dos nossos temores internos, quem sabe.

Realmente, a vírgula nos proporciona a dimensão de infinito, da continuidade de propósito, de aspiração, de querer alcançar horizontes inimagináveis. O infinito que nos proporciona a dimensão clara de que, ainda que sejamos finitos, o infinito nos contempla e nos dá sinais claros de que podemos sempre recomeçar no lugar de origem, quando podemos interpretar os sinais que o universo nos proporciona.

A vírgula, ao nos proporcionar a dimensão do infinito ...