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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

SEMENTE



Você já se pensou semente?



Planejada
Arquitetada
Amada
Semente...


Eu posso semente me pensar
Aquela dentre tantas
que se perde na imensa poeira
da corrida que a medalha
me fez ganhar:
semente!







Eu semente fui
Eu semente sou
germinada
ainda inacabada...

Semente em construção
semente a divina mão
em outra semente multiplicou...





Semente
somente
na mente
semente
que um dia 
à terra retornará
semente!

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Inajá Martins de Almeida - São Carlos 06/09/2016

sábado, 3 de setembro de 2016

SILÊNCIO - Inajá Martins de Almeida

Ao silêncio consigo silenciar meu interior e poetar

clique sobre a imagem


Tarde de sábado - São Carlos 03/09/2016
É Inajá que escreve e no silêncio da tarde que se faz chuvosa se deixa registrar neste blog.   
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segunda-feira, 25 de abril de 2016

NOTAS AS VENTO

Sempre as notas a me envolver
ao querer 
se expressar
de mim!


Neste 27 de março mais uma nota leva o vento. Contam-se em sessenta e seis... Quantas mais? Que venham outras tantas notas...

O sorriso de Rafaela me emociona... O presente embrulhado em papel prateado me dá a dimensão do conteúdo... A xícara, não pudera expressa amor maior... Ao som da melodia meu coração vibra de alegria e me deixo quedar neste espaço !




Ao me entregar o singelo presente
meu coração saltou aos olhos.


A xícara
a pentagrama
as notas dispostas
levaram ao vento
meu pensamento.


Notas ao vento
posso entoar
cantar
bailar
sonhar...


E sonho 
Notas ao Vento...














Sempre Notas as Vento
revolvem meu pensamento
que se lançam ao vento...

Lembradas as notas
nesta página escritas
quem a imagina
Notas que trazem o vento...

27/03/2016

domingo, 24 de abril de 2016

LEITURAS EM FOTOS E POEMAS




Floriu nosso jardim
porque nosso jardim floriu
floresceu em mim 
um jardim!



Amor Agarradinho
Minúscula semente
germinou

Quanto tempo aguardada
cultivada
encantada
amada
seus ramos se desenvolvem
e florescem
e agradecem
e crescem...

Cordões dependurados
desabrocham gotas 
como de orvalho
mas não prateadas
rosa...

Meu coração se tinge de rosa
Agarra-se ao amor
do Eterno
e vislumbro a natureza
em amor do amor maior...







Aqui são as lágrimas vermelhas
em cachos generosos...

Natureza de Deus
em nosso jardim...

Pulsa em mim
o agradecer a criação

Divina Arte de Deus
a nos inspirar
poesia...



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

PINÓQUIO

Quarta-feira. Amanhece. Chove em São Carlos. A cidade comporta-se cinza. O prateado da fina água chama atenção ao barulho que os carros provocam em suas poças no asfalto. Aproveitar o dia é tudo que ansiamos, afinal 2016 se aproxima. Chegamos aos trinta dias de dezembro.

Os pássaros se alegram. Cantam. Agitam-se. A praça se cobre de verde. As flores resplandecem suas cores várias.

Água. Vida. A chegada do ano promete surpresas. A natureza se abre à esperança. Eu me alegro. Planejo.

O livro em mãos me fala da magia. Lindo. Encantador. Pinóquio. Entusiasmam-me os versos. Volto à infância. Sinto-me criança. Danço aos versos de Letícia Dansa e passo a trovar:


Quem na infância
não pensou em travessuras
não se sentiu criança
quando no tempo volta à leitura.

É Pinóquio que traz à lembrança
da casa dos pais o aconchego a embalar
belas histórias, sonho da criança
sonhos que se podem sonhar.

E passa o tempo e torna a passar
mas a criança que vive e sonha o livro
logo se põe a contar
lembrança do passado distante, tão vivo.

Livro que pudera encontrar
livro que fora encontrado
entre tantos na estante a clamar
- quero por ti ser abraçado.!

Agora é ele que passa a inspirar
sonho e poesia
da menina distante a sonhar
com fadas, varinhas... quanta magia!

Aprecio o livro
a magia que ele inspira
é o olhar do leitor
que a ele aspira.

E percebe leitor amante
que fala suas páginas como se vivo fora
com boca, cérebro, narinas.

O livro respira!
O livro inspira!

Leitor descortina
as linhas do autor.

Desvenda seus sonhos ocultos
refaz sua veia de poeta
como sombras, vultos
vem segredar, segredos ocultos.

Poemas que não tem fim as linhas embalam
como a ninar a criança
que renasceu em mim.

Letícia Dansa
dansa nos versos da leitora
que adentra a história
na melodia da rima dança...

Dança, Dansa, Letícia Dansa
baila, baila sempre a girar
o sonho da criança
a bailar.

Magia somente possível, quando o livro
se torna a ler
leitura que encanta
quando se aprende a fazer.

Saber ler é uma arte
descobrir sua beleza também
aprende-se a andar
não se distancia do falar.

Mas... é quando se aprende a ler
logo a escrever
que se dá a completude
a completude do ser.

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Esta é a leitora. Esta sou eu quando não consigo  me separar do livro. Aprecio-o. Estudo sua capa. Seus autores. Organizadores. Tudo me leva ao encantamento.

O livro fala. Bibliotecária que aprendi a ser, percebo o livro no seu conjunto. Aí a beleza da obra. Ler o livro no seu todo. Eis o segredo, razão porque ele se torna tão importante para que o lê.

Penso no escritor "o Judeu" (Antonio José da Silva - 1705/1739)  e absorvo algumas passagens de suas décimas e que seja prudente o leitor, diante do meu sonho de criança:



Amigo leitor, prudente, 
Não crítico rigoroso, 
Te desejo, mas piedoso 
Os meus defeitos consente: 
Nome não busco excelente, 
Insigne entre os escritores; 
Os aplausos inferiores 
Julgo a meu plectro bastantes; 
Os encômios relevantes 
São para engenhos maiores. 

Esta cômica harmonia 
Passatempo é douto e grave; 
Honesta, alegre e suave, 
Divertida a melodia. 
Apolo, que ilustra o dia, 
Soberano me reparte 
Ideas, facúndia e arte, 
Leitor, para divertir-te, 
Vontade para servir-te, 
Afecto para agradar-te. 

http://www.fclar.unesp.br/Home/Pesquisa/GruposdePesquisa/Dramaturgia-GPD/OJudeu/aobra_teatrocomicot.pdf


Magnifico encontro Pinóquio, Letícia Dansa, Antonio José da Silva. Passatempo alegre e suave pode compor singela melodia, para divertir quem escreve e agradar quem possa ler. 

Inajá Martins de Almeida - São Carlos 30/12/2015)


AMANHECER ENTRE POEMAS

Amanheci entre poemas!
Quem dera os versos
a primavera
cantar pudera.

São as vozes da primavera
que entoam cantos
nos cantos da sala
em abre alas
para passarem.

Poeta!
Poetiza!
o verso completa
realiza
eterniza!











Ao longe Bem-te-vi
Te vi... Te vi... Te vi...
Trina Bem-te-vi
e torna a trinar
sem cessar.


Amanhece
Amanheci
é este meu amanhecer.







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Inajá Martins de Almeida

São Carlos- 09/02/2016 -