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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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domingo, 23 de maio de 2010

OS VIVENTES - Carlos Nejar

O autor não se preocupou com o tempo e criou personagens. São poemas, que devem ser lidos em voz alta, que marcam personagens desde os mais longínquos mitos como Narciso, Tântalo e outros, até os carteiros, pintores, escritores, músicos, lavradores, e mais, todos têem seu espaço, todos são contados num rítmo incomparável pelo dom poético do autor. Obra e autor se mesclam e impossível separar um do outro.

"Sou o filho predileto do Pai,
o mais amado. E provado
na agonia. Vendido,
atraiçoado. Conduzido
ao cárcere da morte..."

José do Egito, que tanto é contado agora em versos, na escrita ritmada e sonora do autor que consegue trazer aos versos, uma das mais lindas cenas do nosso Antigo Testamento. A sensibilidade do poeta tocou-me fundo. Não há como separar o autor da sua obra, assim como deixar de envolver o leitor.




comentários de Inajá Martins de Almeida
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Nejar, Carlos -  Os viventes: poesia  -  Rio de Janeiro: Record, 1999.

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