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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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sábado, 30 de abril de 2011

SER POESIA

por Inajá Martins de Almeida

Se encontro uma palavra,
logo percebo outras tantas.
Assim, me envolvo, divago...
Quero registrá-las no papel!
Se o frio bate em meu rosto,
logo percebo o calor interior,
a queimar o peito e aquecer alma

que, a combinar palavras, registra o fato.

Se a lua vem no céu brilhar
logo percebo ser possível a canção
que toma a palavra como amiga
e transforma em rimas e versos o sonho.

Que prazer puro olhar a lua,
uma noite chuvosa e cinzenta.

Na madrugada, um encontro alinhavado. 

Um poeta – José Magalhães –
pode encontrar alma sensível – Rita Elisa –

que por sua vez alcança Inajá.

Se eu pudesse expressar claramente
a euforia que cala peito adentro,
neste breve momento,
quanto mais este espaço poderia conter.

Porém, posso agradecer a inspiração do poeta  
a me induzir, e a delicadeza da autora
ao me legar a riqueza dos versos, pois:

Se há corações que pulsam poesia
outros há que escrevem poesia
alguns tão somente lêem poesia.
Mas... há os que sonham poesia

assim como há corações que vivem poesia.
Porém, a recolher retalhos encontrei,
corações que são a própria poesia!

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Inspirou-me sobremaneira a postagem de Rita Elisa Sêda http://palavrasdeseda.blogspot.com/2011/04/jose-magalhaes-poeta-gaucho.html.

Tudo me era convidativo: a lua, o céu cinzento, a madrugada em que me encontrava a ler a bela poesia.
Os alinhavos se apresentavam e logo o comentário era tecido e registrado.
O agrado viria pouco depois na postagem em forma ritimada das minhas próprias palavras, quando Rita Elisa sente a madrugada fria a queimar minh'alma http://palavrasdeseda.blogspot.com/2011/04/nesta-madrugada-fria.html.

Agora, eu que já pensara nos versos, dou-lhe nova conotação, agradecendo sempre o gesto sincero e amigo a mim dedicado.

2 comentários:

Rita Elisa Seda disse...

Como sempre você faz a magia da amizade florescer em poesia. Não encontro palavra para definir a atenção, como a fábula de Hyginus, o Saber Cuidar é o elo que une as pessoas pelo bem comum. Felicidades e a paz!

Inajá Martins de Almeida disse...

Querida amiga tão presente

Sim, tenho em mente que o cativar e o cuidar são essenciais para o desenvolvimento de um relacionamento.
Nosso elo é forte.
Em você percebo irmanar minha alma, quando me encontro a escrever.
Vejo poesia em seu sorriso, em seu olhar.
Somos aquelas almas que almejam o bem comum realmente.
Maravilhosa internet que nos aproximou.
Agora a nós compete saber cuidar, porque cativadas fomos pelos retalhos que estão sendo alinhavados.