Texto de Inajá Martins de Almeida
Há momento em que devemos abrir mão das velhas rotas e nos aventurar às novas.
Há momento em que devemos compactuar com a solidão para que palavras amigas possam fluir.
Há momento em que devemos nos distanciar dos tantos mas, das tantas desculpas descabidas, dos deixar para depois e nos aventurar ao agora, ainda que sangrando o coração.
Há momento em que devemos deixar que o verbo flua em nós e se transporte para as linhas do texto e torne público “o poeta fingidor” para que, ainda que fingindo a dor, possa fazer bem ao que lê.
Ao leitor, que ao livro se lança, quer na quietude do lar, numa poltrona à luz da janela, quer nas salas de leituras de uma biblioteca, quer nas praças, acobertado ao frescor das sombras das árvores, quer no aconchego de uma cama quentinha - leitura a dois.
Há momento sim que devemos nos distanciar das velhas rotas, das linhas escritas nos caminhos de um passado que, embora insista em permanecer, passara.
Há momento em que devemos abrir caminhos às novas rotas, para que as linhas em branco possam ser escritas, ainda que o tempo avançado faça sua conta - é possível o realizar do sonho.
Há momento sim, em que é possível transformar velhas rotas em novas. É possível além do ponto, fazer uma nova leitura, “quando a alma não é pequena”.
Há momento sim, em que é possível tornar-se vitorioso, às novas rotas, ainda que todas as circunstâncias apontem aos desvios das velhas rotas, quando a mente e o coração se percebem abertos às novas rotas.
São Carlos 07/06/2011
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Nesta fria manhã de terça-feira, motivada pelo texto da escritora Rita Elisa Sêda, o qual lera por diversas vezes, calou-me profundamente analisar minhas próprias rotas.
Caminhos por que passara,
caminhos por que me aventurara,
caminhos por que me distanciara.
Eram os caminhos que buscavam novas rotas.
Eram os caminhos que ansiavam o distanciar das velhas rotas.
Era enfim o momento para me aventurar às novas rotas,
as que a minha frente se mostravam ávidas por serem vividas.
Obrigada amiga querida por mais este momento.
9 comentários:
Inajá, vamos brindar as nossas novas rotas, onde a mudança cumpre as forças do destino e nos apontam novos horizontes. Sejamos felizes... sempre! Ainda mais porque descobrimos que o segredo da feliciade não está fora...mas, sim, dentro de nós! Beijos, querida amiga, felicidades e a paz!
Sim querida amiga tão real.
Mudanças são benéficas e necessárias. Mudanças interiores, mudanças exteriores. Elas nos fazem crescer, alçar vôos como águias.
Brindemos sim nossas novas rotas.
Felicidades
Inajá, este texto veio de encontro a uma nova fase da minha vida! Um novo ser se faz em mim... Deus não precisa de mim mas quis precisar! Serei o palco de mais uma Obra Divina... Obrigada por escrever para mim, mesmo sem saber que escrevias para mim... Abraços. Adorei... Parabéns!
Querida Sonya
Fico feliz quando encontro seus comentários.
Sim, há momento em nossa vida que necessitamos deixar as velhas rotas de lado e partir para as novas.
A inspiração me veio de Rita Elisa, aí percebi o quanto é necessário buscar trilhar um novo caminho.
Beijos e fique na paz.
Muito belo o texto:
Varzea Grande MT- 13.06.2011
Elvio
"Muito belo o texto !, ótimo, digno de uma e sensível e competente escritora.
Obrigada meu grande amigo
A sensibilidade me fora manifesta por meio do belíssimo texto de Rita Elisa Sêda.
A leitura motivada pelas novas rotas necessárias à trilhar, fizeram tecer as linhas.
O verbo saiu da ideia e adentrou o texto.
Uma palavra, apenas uma palavra fora palco dos alinhavos.
Obrigada pela manifestação de carinho, sempre...
Elvio
Mais uma vez leio, releio o texto por mim escrito.
Retorno aos comentários: um a um me dizem de cada momento, de cada rota, de cada caminho.
Estanco tempo demora em tuas palavras, quando aponta para minha sensibilidade, meu amigo de muitos grandes momentos, de novas e velhas rotas.
Meu amigo do segundo tempo da minha, das nossas existências, e a palavra me vem forte.
O portão está aberto a te esperar.
Braços fortes e enternecidos escancarados ao abraço forte e demorado.
Tudo está quase igual, só mesmo um coração está batendo e palpitando por novos momentos, novas rotas.
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