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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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quinta-feira, 31 de março de 2011

MELODIA À INAJÁ

 por Sonya Mello
São 6 horas da manhã, mas,
Muito antes disso, eu “te leio”...
Retalhos por ti tecidos,
Colchas inúmeras, costuradas,
Deixam meus olhos embevecidos,
Através do silêncio da madrugada...

Analisando outros escritos,
Palavras, versos, poentes,
De outros bravos “escreventes”,
Tu pareces, então, vasculhar,
Buscar, colher, selecionar,
As profundezas de outras mentes.

Experiente, profunda conhecedora,
Da arte de juntar palavras e  letras,
Faz com que livros se dêem as mãos,
Respiras poemas e poesias,
Falas, como quem canta através dos dias,
Das palavras de outros viventes.
Como a juntar pedrinhas brilhantes do chão.

“Já” se passaram as horas,
“Já” transformou-se  em passado, o que era presente,
Mas há tanto, o que me espera, agora.
Há tanto ainda, o que se viver...
“Ina-já” é meu porto-seguro,
O “mar” que navegarei pelo saber!


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Este fora o significativo presente que recebi da minha amiga, escritora, poeta, artista plástica Sonya Mello. Creiam todos, somos amigas virtuais, mas verdadeiramente reais. Amizade destas que o tempo não corrói, a distância não intimida, o olhar os olhos não se faz necessário, porque através das janelas pode-se enchergar a alma e o coração. 
Obrigada querida amiga, neste dia tão especial, em que sou agraciada com mais um aniversário - 27/03/2011
Com esta belíssima homenagem, a mim dedicada, atingimos a marca de 11.000 visitas. Grata sou inúmeras vezes.

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Inspiração é algo interessante. Chega de mansinho e se instala em nossa mente e coração. As vezes é estimulada, como o fora os versos de minha amiga Sonya Mello, os quais me deixou bastante sensibilizada, uma vez que somos amigas virtuais: jamais nos encontramos pessoalmente, mas a internet nos aproximou de forma rica através da arte das palavras nas linhas e nas telas. 
Nesta belíssima e ensolarada manhã de sábado, 09/04/2011, saiu-me este soneto, o qual quis que seu nome figurasse como título. Não pude encontrar outro melhor.




SONYA MELLO 


por Inajá Martins de Almeida

Em versos agradecer e homenagear-te queria!
Quem dera a rima viesse-me a mente
Mas, a buscar palavras para a poesia,
Divago entre linhas vagarosamente.

Leio, releio tuas palavras a mim dedicadas,
e delas, a recolher novos retalhos,
alinhavo as impressões mais delicadas,
que o coração pode absorver e, por entre os atalhos

das entrelinhas deixadas no papel,
quando a me expressar  - “te leio” pela manhã" -
aos meus sentidos, soa-me, a mim, como mel.

Eis que então, minha’alma se agracia
com nossa bela amizade,  amiga querida, e num afã,
neste pequeno verso, transbordo-me em alegria.




10 comentários:

Rita Elisa Seda disse...

Que lindo poema a Sônya escreveu para você, querida Inajá. Assino em baixo pois você nos faz tecer palavras, como ela bem descreveu. Amei tudo! Felicidades e a paz!

Inajá Martins de Almeida disse...

Rita querida
Encontrá-las foi um grande presente que Deus me agraciou. Nossos laços de amizade se estreitam dia após dia, através da bela colcha de palavras que estamos a alinhavar. Obrigada por fazer parte dos meus retalhos.

Unknown disse...

Amiga, Inajá, costumo dizer que, para crescer, precisamos nos apoiar em ombros de gigantes! Eu a tenho desta forma, uma "pessoa-luz, alma gigante", que ilumina os nossos caminhos... Adoro o seu trabalho, já sonhei em trabalhar entre livros e me realizo quando leio seus comentários pois é como se eu pudesse folheá-los junto com você! Bj e muitas bênçãos!

Inajá Martins de Almeida disse...

Querida amiga Sonya
Realmente trabalhar entre livros é gratificante mas, entretanto quantos que mesmo não trabalhando entre eles podem muito bem representá-los, escrevê-los, ser o próprio livro. Você tem um dom que poucos o tem. Suas pinturas são verdadeiros livros abertos, os quais lemos, interpretamos e podemos escrever através da imaginação. O interessante é que cada qual pode imaginar de acordo com seu próprio olhar. Isso para mim é a magia do livro. Você é o próprio livro. Obrigada pelo carinho. Obrigada por ser minha amiga. Obrigada por estarmos crescendo juntas. Muita paz e alegria em seu coração.

Rita Elisa Seda disse...

Inajá, querida amiga, lindo este soneto que escreveu para Sonya, digno de Florbela Espanca, a musa dos sonetos. A amizade é a linha que costura esses retalhos, a agulha é o computador que abre espaço no mundo virtual e nos une. Idéias de Machado... que é atemporal, que nos mostra o verdadeiro sentido da escrita. Beijos, querida amiga, felicidades e a paz!

Unknown disse...

Amiga Inajá, você "me mima muito" e vou ter de pedir sabedoria e graça à Deus pra tornar verdade tudo o que você fala à meu respeito pois, receio não ser tudo isso que teces mas, se tens Deus no coração, é Ele quem profetiza, não é? Obrigada por me tornar uma pessoa melhor, obrigada por sua amizade e por me fazer tão forte! Deus a abençoe enormemente! Obrigada por tua homenagem doce e sincera! Jamais havia recebido um presente como esse!Adoro você e todos os seus feitos!

Inajá Martins de Almeida disse...

Rita querida amiga
Você me levou ao escritor a quem devoto honra maior - Machado de Assis. Não há como negar realmente. Seu Soneto de Natal agregou-se ao meu viver desde meus vinte anos e jamais dele me apartei. Mudei, mudamos, mas a ideia central permanece. Não posso me permitir copiá-lo; confesso até que me assustei quando do seu comentário, reli novamente minha escrita e me encontrei em Machado em alguns momentos. Fiquei feliz, confesso, ainda que sem intenção parafraseei Machado. Florbela Espanca, conhecia pouco, mas fui buscar me aprofundar mais e encontrei belezas infindas em seus sonetos. Essa forma de poemar me é a preferida, tanto para sua leitura, quanto para compor, quando a inspiração me bate às portas, muito embora tenha minha forma peculiar de escrita. Sou feliz e agraciada por sabê-la presente nos meus alinhavos. Aguardo o momento, pois muito tenho a escrever sobre essa nossa amizade ímpar. Um abraço caloroso desta amiga que te quer muito bem. / Inajá

Inajá Martins de Almeida disse...

Sonya querida amiga
Não é verdade que estou a te mimar. As palavras foram de coração realmente e você as merece muito bem. Todas as bênçãos que estão chegando para você, com certeza é a colheita que se faz necessária do quanto você tem semeado. Parabéns por tanto sucesso amealhado em tua jornada. /

Anônimo disse...

Eu sei bem como é ter uma amizade assim, urdida no mistério das palavras, ligada pelas distância e fortalecida pelo tempo.

A alegria é tão grande, que surgem essas pérolas na saudade: homanegens poéticas.


Já o tinha lido e, que ~tão lindo, estivera sem palavras. Mas ando por esses dias tão inspirada que agora não me pareceu árduo também falar.

Sim, a Inajá que tanto nos incentiva
e cuida que não estejamos mudas
a Ina-que-Já nos guarda as letras, em ânimo, de renovo
o que ela sempre fez - guardiã das palavras.

bjs e obrigada por se lembrar de mim

Aline

Inajá Martins de Almeida disse...

Querida amiga e escritora Aline

Que bom esse encontro que tivemos: Rita Elisa, Sonya Mello, você (Aline).
Em minha vida sempre primei por amealhar retalhos - herança de minha saudosa professora dona Carminda lá na década de 70.
Eles foram sendo separados um após um e hoje já os tenho em colchas.
Somos todas guardiãs das palavras, por isso nos irmanamos nessa convivência que, embora através da distância, pode a tecnologia internet nos aproximar em cuidado constante.
Obrigada querida pelo carinho de sempre.