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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

MEMÓRIA ESQUECIDA - Milionário e José Rico

Quantas memórias esquecidas.
Gosto do escritor italiano Giuseppe de Lampedusa, quando a dizer que nossas memórias deveriam ser caso imposto pelo Estado, a fim de registrar nossa trajetória.
Eu procuro manter meu diário, os quais pouco a pouco teço através de meus blogs.
São retalhos que amealhos ora aqui, ora ali, e vou acolá tecendo lembranças, encontros edificantes.
Milionário e José Rico adentrou nosso através de um CD, com produção magistral.
As vinte canções -  “alinhavos poéticos” - chuleavam sonhos, teciam lembranças e de repente adentrar o universo da poesia, busquei a internet e lá estava ela, toda a meu alcance.
O sertão, o sertanejo, aí que saudade me trouxe e ouvi, e li e transcrevi.
Agora também sei que o “sertanejo ainda é sertão”.


Ai que vontade de ouvir de novo moda sertaneja
que hoje não se faz
parece até que a sensibilidade
ficou na saudade, não existe mais
me dói saber que alguns artistas
que alcançaram sucesso na vida
usaram tanto o sertão como história
que hoje na memória ficou esquecida
Ai que vontade de ouvir agora
o som da viola num pagode bom
lindas guarânias que a gente arrepia
o som e a magia de um acordeon 
cadê o tal cantador de verdade
com simplicidade, alma e coração
apaixonado pela natureza
canta as belezas deste meu sertão
Quanta saudade dessa terra tombada
do fogão de lenha e o cafezal em flor
e o cantar triste da siriema
que já foi o tema de canções de amor
e até a linda colcha de retalhos
serviu de agasalho já não lembram mais
a mãe de leite de filho presente
hoje ninguém sente a falta que ela faz
Ai que vontade de ouvir agora
o som da viola num pagode bom
lindas guarânias que a gente arrepia
o som e a magia de um acordeon
já não se lembra o velho candieiro
que foi o primeiro rei do estradão
eu agradeço o progresso que vejo
mas o sertanejo ainda é sertão
eu agradeço o progresso que vejo
mas o sertanejo ainda é sertão.



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comentários Inajá Martins de Almeida

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