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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O BANCO DA PRAÇA VIROU MEMÓRIA

Éramos dois a compartilhar sonhos...
Ríamos
Curtíamos a natureza: - 
as flores nos alegravam,
davam-nos o frescor das manhãs.

Fotos registravam momentos.
Em fatos marcavam nossos dias, 
que seguiam entre risos e flores.





Onze anos
que não se completaram.
Presença constante
necessária em nossas leituras
e nas muitas reflexões diárias.

Agora os bancos da pequena praça
corroídos pelo tempo
vazios aguardam...

Revendo esses momentos
neste instante
longínquos no tempo,
e que não retornarão a mim
Choro a lembrança tua
e a saudade que bate no peito
anseia pelo reencontro.

Quem sabe
a eternidade poderá nos premiar!?

porque 
se escreves a mim :

"distante de ti em meus pensamentos
vejo teus olhos
criarem saudade em mim"...

Eu a ti escrevo:

"meus pensamentos nesse 
distante de ti, 
choram meus olhos - saudade ..."
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Hoje - 03/03/2019 - passei defronte nossos bancos. A chuva dera breve trégua e saímos  para absorver a brisa da manhã - Lilica e eu.
O local familiar a ela, que ia a frente cheirando o caminho. Eis que os bancos, motivo de tantos momentos e fotos, corroídos pelo tempo e vândalos denotam que tudo cumpre sua jornada. A estes em breve a madeira apodrecida deixará de ocupar o espaço.
A amoreira, generosa, num outono que se aproxima, começa a renovar suas folhas.
O chão se tinge de amarelo, a umidade do chão traz para dentro de mim a saudade que insiste permanecer. 
A chuva chora, mas em mim chora a ausência tua.
    

1º mês sem você... - Quantos mais os poderei contar??? (15/09/2018 - 15/10/2018)

2º mês sem você - A CHUVA - enquanto chove lá fora, os pingos d´água escorrem meu rosto ... a saudade aperta o peito e choro incontida... (15/09/2018 - 15/11/2018)

3º mês sem você - A ANTOLOGIA - neste que deveria ser um dia para nós recebo nossa antologia, a primeira, num sarau promovido pela Irene, que você também conhecer. (15/09/2018 - 15/12/2018) 

4º mês sem você - O SONHO - distante de dia a perspectiva da mudança de residência é cada dia mais próxima. Nesta manhã em sonho veio me acalentar o peito choroso de saudade e, minhas palavras a ti puderam me reconfortar, quando naquele último encontro na UTI, agora em nosso quarto, em nossa cama você com os sintomas da doença que o levaria, posso dirigir-lhe as palavras do "eu te amo, realmente eu te amo e muito".  

5º mês sem você - A MUDANÇA -  mais um mês se passou, a transição de um local para outro fora premente. A saudade aperta. O luto permanece.  Neste fevereiro difícil passar sem marcas - teu  aniversário no dia 13, você completaria 66 anos, todavia o dia 15 marcaria o 5º mês da sua partida. Optou por não envelhecermos juntos... Sabia que partiria antes de mim, entretanto, eu não julgara tão prematuramente.

6º mês sem você

7º mês sem você -

8º mês sem você -

9º mês sem você -

10º mês sem você -

11º mês sem você -

12º mês sem você -


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