A noite fria soube tão bem acalentar as almas ao encontro do chamado das pedras, desta vez não sendo atiradas, mas recolhidas, transformadas em sonhos.
Sonhos que pudemos sonhar num momento breve, quando Rita Elisa Sêda entoava o belíssimo poema de Cora Coralina.
E podíamos ouvir o soar dos sinos
e juntos entoávamos
vem... vem... vem...
e bebíamos ávidos as palavras:
volta... volta... volta...
e voltávamos ao passado
recolhendo retalhos de uma vida ímpar
que, algumas de nós mulheres, sonhamos viver e ser - Coras Coralinas.
_________________
Comentários de Inajá Martins de Almeida
fotos: Elvio Antunes de Arruda
Araraquara, 27 de maio de 2011