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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

AÇÃO CULTURAL NA TERCEIRA IDADE - Adilson Marques (org.)

O autor nos dá pistas de que "nossas lembranças mais pessoais podem vir morar aqui", quando então leva os trinta e dois participantes do curso de criação de texto pela Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) na cidade de São Carlos/SP, a exteriorizarem suas memórias virtuais, que se encontram em seus interiores e produzirem textos, os quais figuram no livro.

Num momento em que o envelhecimento ganha destaque e a expectativa de vida, com qualidade, galga patamares mais elevados, essa geração busca se interrelacionar para poder deixar legados para as gerações vindouras, no afã de que as memórias não se percam - aquelas que ainda estão e fazem tanta presença.

São retalhos que falam da saudade de uma figueira - "árvore de grande porte, raízes profundas e galhos enormes como se fossem braços abertos para o céu. Sua sombra acolhia a todos sem distinção". (Maria Cavallaro). O trazer a mente lembranças passadas, mas que parecem tão presentes. A velha estação! Quem não se lembra dos trens, a partida, o apito, as paisagens bucólicas. "eu ficava admirada vendo as pessoas que partiam ou que chegavam, as famílias e os amigos se encontrando ou se despedindo. Quase todos tinham lágrimas nos olhos. Alguns de alegria e outros de tristeza, já manifestando saudade de quem partia". (Jeni Diniz)
E todos tem um conto a contar. Um ponto a acrescentar às suas memórias, uma vez que "o ato de escrever e de narrar um texto é um dos mais significativos recursos em qualquer trabalho de anima-ação cultural", como tão bem exorta Adilson.

O autor Adilson Marques é graduado em Geografia pela USP, mestrado em Educação Comunitária e doutorado em Antropologia das Organizações. Desde 2003 leciona na Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI, na cidade de São Carlos/SP.
No link podemos acompanhar uma de suas palestras no dia 09 de novembro de 2010, no SESC São Carlos/SP

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comentários: Inajá Martins de Almeida

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Marques, Adilson (org.)   -  Ação cultural na terceira idade: a criação de textos e a dimensão subjetiva do envelheciento  -  Adilson Marques (org.)  /  São Carlos: BN, 2010.

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