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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BANDA DE TODAS AS BANDAS - Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo




Magnífico espetáculo. A Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo, a cada apresentação se destaca, inova-se, transforma-se. Jamais deixa de fazer jus ao slogan de "BANDA DE TODAS AS BANDAS", a ela conferida quando Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta no ano de 1977, conquista o prêmio nacional de melhor banda do Brasil.

Repertório eclético. Do clássico ao popular, traz ao palco do Teatro Estadual de Araras a performance do rock através dos seus maiores vultos.

Maestro Marco Antonio Meliscki surpreende e arranca risos acalorados da platéia em êxtase pelo brilhante espetáculo. 


A MÚSICA ALIVIA A ALMA DA GENTE - assim definia o sr. Carlos e nessa trajetória como músico, encontrou muitos momentos felizes e outros de muita tristeza.

Nunca fez da música um meio para a sua sobrevivência, e sim, uma distração, porém um compromisso, mas acima de tudo, um prazer.

Carlos Viganó, mais conhecido pelos amigos como "Lico", nasceu em Araras, a 17 de novembro de 1913. 

Filho de imigrantes italiano e alemão, faleceu em 03 de julho de 1998.

Quase 85 anos de vida sempre vividos em Araras.  

Sessenta e sete anos dedicados a música.  

Matilde ao ler o texto homenageia o pai e emociona a platéia presente. Momento singular marcou o momento regado a lembranças e lágrimas saudosas. 


Matilde Aparecida Salviato Viganó, filha do seu Lico (Carlos Viganó) faz entrega de significativa lembrança ao maestro Marco Antonio Miliscki - uma partitura transcrita pelas mãos do homenageado da noite "seu Lico".




Família reunida: sobrinhos, netos, amigos de todos os cantos. Autoridades locais.

Seu "Lico" incansável.
Músico que soube tão bem engrandecer a música e elevar o nome da tão querida e amada cidade que o viu nascer - Araras. 
Homenagem merecida.

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foto de Marcelo Torales de Gismenes
Comentários e postagem de Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 19 de novembro de 2013

QUANDO AS PALAVRAS NOS ENCONTRAM

Poeta, filósofo, atributos tais.
As palavras transbordam e alcançam almas sensíveis. 

A idade, os anos percorridos não traem a criança que permanece. 

Emocionei-me a esse encontro. 

Novamente elas - as palavras - foram responsáveis pelo encontro nesta manhã, através do facebook.

Em outra ocasião já o houvera encontrado - poeta único em estilo. 

Agora se me apresenta a questionar a palavra amor, a se encontrar vazia - "não tem gente dentro dela". 

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Porém, percebi que 

Foram as palavras que nos encontraram!
Elas sempre encontram jeito de nos encontrar... 

Foram as palavras que nos encantaram!
Elas tem seus meandros para nos encantar...

"Se a palavra amor está vazia" 
Ela encontrará forma para encher - de amor.

Inajá Martins de Almeida

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Incrível. Ao passar por uma das ruas do centro da cidade de São Carlos, vários livros na calçada deixados ao lixo. 


Estanco perplexa. Obras clássicas abandonadas ao léu. 


Uma delas distribuição gratuita da Secretaria da Educação de São Paulo. Seu autor Manoel de Barros. 


Não pensei duas vezes, imediatamente me apossei dos livros e seu destino, minha própria biblioteca. 


As Memórias Inventadas foram tomando forma dentro de mim. 


E é Manoel de Barros que me chama atenção em suas linhas quando me questionava o desprezo para uma obra, mas se "tudo o que o homem fabrica vira sucata" (pág. 36), porque a estranheza.


Manoel de Barros menino que "queria ser fraseador". Que não gostava de palavras "engavetadas. Aquela que não pode mudar de lugar".    


Menino que aprendeu "a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam". (pág. 41)


Menino que nos fala:  " uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Só uso a palavra para compor meus silêncios... Tenho abundância de ser feliz... Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdício. Amo os restos..."

Todas as suas 160 páginas nos convidam aos devaneios. Tira-nos do convencional. Leva-nos a resgatar a simplicidade de um pássaro, o som de um grilo "que podia desmontar os silêncios de uma noite porque quem se aproxima das origens se renova". (pág.109)  


A jovem que deixou o livro a mercê da sucata um dia, quem sabe, poderá se lembrar de que fugidias as mãos deixaram voar o pássaro que a levaria a jamais se apartar da sua infância.


Encontrei Manoel de Barros. Ou fora Manoel de Barros que me quisera encontrar!


Para mim, isto é a verdadeira felicidade. 


Sonho de uma sonhadora, que sonha sonhos de realizar. 


Inajá Martins de Almeida

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sábado, 2 de novembro de 2013

QUANDO FLORESCEM OS IBISCOS

É primavera. Florescem os Ibiscos.
A natureza se reveste de cor
em sua exuberância magistral.

Amarelo. Lilás. Rosa. Vermelho carmim. Rosa "carmim".

Belos. Encantadores. Ibiscos florescem e encantam nosso jardim.


O primeiro cultivo, veio-me
através das mãos habilidosas de minha mãe.




Era o rosa que a encantava
que a embalava.

Por todos os cantos do quintal
exalava seu perfume.

Ornava o jardim
demonstrava a natureza pródiga em sua rósea cor.

Partiu num querubim minha mãe.

Perdeu-se por um tempo a flor;
jamais sua lembrança.

Tal fênix ressurgi, impoluta, magistral,
exuberante
como exuberante é a natureza de Deus.




Desconhecia então outros Ibiscos, os quais passei a observar.

Eis aqui: Cinco pétalas em tom vermelho
numa flor que aos olhos salta.
Seu tamanho encanta.
Mescla-se ao verde da folhagem, generosa

Sutilmente o tom grena, como hábil pintor, 
delineia seu miolo.
Gracioso pistilo, cravejado de pontinhos amarelos tal brilhante,
 salta para fora da bela flor, 
como a espargir a vida que dentro se encontra. 




Penso em minha mãe. Sempre  presente em lembranças...
Como haveria de observar, admirar, amar e cultivar essa raridade
que só aqui em São Carlos pude encontrar.

Obrigada Deus por me proporcionar esse momento tão rico e gratificante.




O tom de rosa "carmim"
não há como defini-la 
fora encontrado num jardim de uma praça distante.

Alguns galhos foram suficientes
para que o cultivo logo se fizera presente.
O resultado! Uma encorpada flor, 
pesada, dando impressão de que seu suave galho
não a poderá sustentar.
Tom forte. Perfume suave
encanta os olhares que a observam:
a máquina que fotografa a cena 
o blog que registra o momento.
A autora que delira em êxtase.



Ah! Minha mãe.
É para ti que os cultivamos.
É para ti que dedicamos este instante.

Aguardo agora por um amarelo.
Ele existe.
Já o tive em mãos, mas ainda não vingou.
Tempo há de chegar.




Mas. Veja minha mãe. 
Quem chegou sorrateiro
Em tom amarelo claro
Miolo vermelho.
Enquanto aguardamos pelo amarelo sonhado.

Fina ramagem verde musgo
Sim...Mais uma preciosidade
nas ruas de São Carlos.
Onde se escondiam os tais?

Saudade do nosso passado. Retalhos que recolho.
Retalhos tecidos que chuleiam o presente.

Saudade de minha mãe. Saudade do meu pai. Saudade do meu irmão. Éramos três.

Agora... Somos lembranças... Retalhos recolhidos. Retalhos amealhados. Retalhos chuleados. 


Logo o gosto pelos tais viria colorir nossa casa, no presente.
Presente da lembrança de minha mãe sempre presente:


Os gestos, os gostos, o amor pelas plantas.
Herança que me deixaria
- meu legado maior -
o estar entre lãs, linhas, cores e flores.

Porque da janela, entre as grades, podemos observar os botões em flor. 

É o Ibisco rosa que mescla entre as linhas, a cortina que guarda lembranças tantas.

Parece que este quer superar os demais.

Por todo canto a divisão multiplica. Suas mudas florescem sorrateiras. Deslumbrantes. 






Agora é o lilás que adorna o quintal da casa.
Cor que me faz lembrar seus 
bordados primorosos e delicados. 

O Ibisco sabe entender o que expresso.
O bordado de suas pétalas
não fora tecido por mãos de fadas
mas pela própria mão do Criador.

Natureza exuberante de Deus
agracia-nos todos os dias,
basta olhos para olhar.









Entre os Ibiscos uma lágrima aparece!

Lágrimas de saudade...
Lágrimas que marejam olhos
descem rosto.

Soluço abafado
sufocado.
Soluço que vem da alma.

Lágrimas em flor nosso jardim floresce.
E pode entregar a minha mãe
o frescor e a delicadeza de suas cores
de suas pétalas sedosas.






Mas... Percebi não só Ibiscos
O "brasileirinho" - cróton -
Enfeita o jardim.







Por todos os lados lá estão eles.
Mesclando-se as folhas generosas que adornam os cantos do quintal.
Fazem Gatucha repousar em sua sombra.












Mãe...
É para ti nosso jardim. Em agradecimento.
A natureza exuberante de Deus,
retribui-nos o gosto pelas plantas
em beleza, leveza, suavidade,
cores e encantamento.

É primavera
Aqui a era alemã volta a florir.
Sua ramagem verde e frondosa,
traz chuviscos de pequenas flores amarelas.
Delicadeza nas pétalas a exalar o perfume -  aroma de mel.

Outros tons virão adornar nosso jardim.
Um pedacinho do paraíso
no Jardim Paulistano em São Carlos.






acompanhe em...

http://www.youtube.com/watch?v=JC7hd6qL-ys&feature=youtu.be

http://www.youtube.com/watch?v=xttkdWIGD6k&feature=youtu.be

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fotos, montagem e publicação de Inajá Martins de Almeida
São Carlos 02/11/2011