"Poesia para mim é comunicação... é invenção, porque só o gênio cria. Hoje nós temos de achar a poesia na realidade da vida e a vida toda é poesia. Porque onde há vida, há poesia. Poesia para mim é um ato visceral. É um impulso que vem de dentro e, se eu não obedecê-lo, me sinto angustiada".
Cora Coralina pode falar por tantas mulheres - poetisas do cotidiano. Mulheres virtuosas que também retrato em versos. Elas podem ser encontradas em todos os lugares, também na poesia.
Se Cora Coralina trouxe grande contribuição para a literatura brasileira, o que dizer de Rita Elisa Seda, que tão bem incorporou a personagem, mesclando sua fala às dela, quando então não se percebe quando inicia uma e termina a outra.
Respondendo a um comentário desta que escreve a escritora Rita Elisa assim se manifesta com relação à sua biografada:
"Quem ama Cora Coralina ama a poesia mais pura, ama a humildade mais sublime, ama a política mais honesta, ama a religiosidade mais santificante e ama a doceira que traduzia em pura magia dos doces glacerados, como se estivessem vitrificados, algo que só o amor pode produzir. Saboreie o livro, ele é destinado aos que amam Cora Coralina". Rita Elisa Seda
http://palavrasdeseda.blogspot.com/
É assim que o texto envolve, do início ao término das suas mais de quatrocentas páginas, as quais vão sendo sorvidas, num gostinho saboroso de querer voltar sempre a leitura, numa nova releitura, quando até se pode ir além do ponto, num novo texto que se inicia na mente dos leitores ( Inajá e Elvio). É amar um pouco mais, adentrar o universo da escritora Cora, através de outra escritora que tão bem incorporou Cora Coralina - Rita Elisa Seda.
Leia magnífica resenha do livro, assim como um comentário desta que escreve, no link :
http://palavrasdeseda.blogspot.com/2010/07/resenha-de-benilson-toniolo-sobre-o.html
"A máscara lírica Aninha é um resgate da infância vilaboense de Anica, Anoca, ou seja, de Anna Lins dos Guimarães Peixoto – Cora Coralina. Onde ela traduz em poesia suas reminiscências lúdicas, religiosas, normas de educação e estórias. A semente Aninha foi gerada, germinada e cresceu em Vila Boa de Goyaz, capital da província. Ao sair do estado, rumo ao sul, foi mãe, esposa, avó, jornalista, contista, cronista, poeta, política, religiosa, ambientalista e comerciante. Depois de uma sua odisséia pelo estado de São Paulo retornou para suas raízes".
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comentários Inajá Martins de Almeida