quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

PAPÉIS AMARELECIDOS TRANSFORMAM-SE

por Inajá Martins de Almeida

O que foi feito daquele sonho?
Silêncio...
Pausa...

Mãos ágeis tecem
E pensa...
E sonha...

E a mente traz o poeta fingidor
A fingir a própria dor.
Quem vai acreditar na dor do poeta?

O silêncio a tudo silencia...
O reflexo do vento a balouçar
Folhas ao vento
Adentra o quarto

Sombreia espaços
Reflete alma de artesã.
Mãos que tecem sonhos
Esperança futura!

Cada ponto guarda lembranças
Aguarda novos pontos...
Passado... Presente... 
Futuro incerto...

Papéis velhos clamam presença
Linhas, aos poucos, os tornam ausentes.

Papéis velhos apenas velhos papéis
Representados ao longo dos dias.

Décadas – mais de nove transcorridas -
O quarto busca se transformar
E se transforma.

Agora, papéis velhos
não mais papéis amarelecidos pelo tempo.
Na via cibernética transformam-se.

Arrolam-se a outros tantos fios
que se perdem no emaranhado
da informação que informa a tantos mais.  


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