Que o Natal e Ano que se inicia seja repleto de águas cristalinas. Avec Le lac de come
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
ENCONTRO LITERÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO 2006
Em
junho de 2006, tive a oportunidade de participar de um encontro sobre
Literatura infanto-juvenil, na cidade de Ribeirão Preto.
Naquele momento, apontamentos puderam registrar minhas impressões ante falas e cenas.
Os anos transcorreram
agora os trago a este blog, quando após relê-los e efetuar pequenas alterações,
julgo ser interessante este registro.
As protagonistas Eva Furnari, Angela Lago, Roseana Murray e Heloisa Pires Lima representam a tônica central deste esboço.
As protagonistas Eva Furnari, Angela Lago, Roseana Murray e Heloisa Pires Lima representam a tônica central deste esboço.
As imagens foram capturadas da internet e montadas nesse painel, podendo ser visualizadas em tamanho maior, clicando-se sobre a mesma.
Vamos
adentrar ao universo mágico da literatura?
_________________
1. EVA FURNARI
Com o tema Cacoete: uma reflexão sobre os tempos atuais, apresenta – segundo seu olhar de “artista criadora mais do que acadêmica e teórica” como se auto qualifica – um apanhado de transformações porque passaram os séculos, adentrando a nossa realidade atual.
Por pensar com imagens, seus livros são ricamente ilustrados mostrando as nuances dessas fases.
Com o tema Cacoete: uma reflexão sobre os tempos atuais, apresenta – segundo seu olhar de “artista criadora mais do que acadêmica e teórica” como se auto qualifica – um apanhado de transformações porque passaram os séculos, adentrando a nossa realidade atual.
Por pensar com imagens, seus livros são ricamente ilustrados mostrando as nuances dessas fases.
Logo no início de sua fala nos diz que “compreendia o mundo muito mais através do
olhar, das imagens, do que das palavras”,
o que adquirira antes mesmo de tomar conhecimento das letras.
Sua formação em arquitetura e a convivência
com um colega de escola, que ao querer namorá-la, ao invés de falar-lhe,
manda-lhe uma série de desenhos, desperta, assim, sua sensibilidade de artista,
um gosto que viria posteriormente a ser levado aos livros que passa a escrever.
Em meio às falas, passa-nos um conto chinês
sobre o pote vazio, também retratado no livro “A semente da verdade” de
Patrícia Engel Secco, momento em que exorta que devemos ensinar às crianças
valores éticos e morais; incutir-lhes o prazer da leitura, não como um fardo
para cumprir cronogramas pragmáticos.
Ao se referir ao tempo e sua crueldade, diz
que os valores hoje invertidos, “não nos permiti
mais envelhecer; temos de permanecer eternamente bem e belos, há uma busca pelo
corpo físico; não temos tempo de nos interiorizar, porém o estar bem é estar em
harmonia”.
O que ficou dessa fala é que devemos rever
certos valores impostos, mudar hábitos.
Deixou-nos então uma questão:
- “Como me sinto hoje em relação ao passado?”.
- “Como me sinto hoje em relação ao passado?”.
Para
fechar o tema, a equipe Tantas Palavras apresentou o clip “Livros” de Caetano
Veloso, apresentação magistral, onde as cenas se passam dentro da Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro.
Eva Furnari (Roma, 15 de novembro de 1948) é uma ilustradora e escritora ítalo-brasileira. continue em
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2- ANGELA LAGO
Vem com a magia das histórias que fazem sacudir o esqueleto, tema de um dos seus livros, ricamente ilustrado.
Logo na sua primeira fala, deixa transparecer uma sensibilidade impar quando diz “eu tenho a criança como mestre. Nas crianças vou encontrar uma inspiração e uma possibilidade que não teria sem elas”.
Incrível percepção visual e como a coloca
em suas obras, ao expressar que o narrador visual, seja criança ou não, enquanto
leitor, ao entrar no livro modifica sua história, daí o interessante de se “estar construindo uma ideia do leitor
co-autor quando fala do leitor narrador”, uma vez que “nunca vamos narrar uma história de uma única forma”.
Aponta o tempo da narrativa porque “não existe história sem tempo. O tempo é o
grande herói da nossa história”.
Quando fala em mensagens metafóricas, diz
que “as crianças são capazes de
desmistificar uma metáfora visual, porque uma metáfora traz sempre uma
informação que modifica o resto da imagem”.
Apresenta um dos seus livros “A raça
perfeita”, onde coloca a mutação genética porque passam os animais e dá um
grito de alerta para as gerações futuras.
Outro aspecto de destaque, no momento em
que disse que não devemos subestimar a paciência do leitor; quando vamos
contar-lhe ou narrar-lhe algo, jamais devemos nos prolongar nas chamadas, assim
se expressando: “e caminhavam... e caminhavam... e caminhavam...............”.
Um clip de Elis Regina fecha com chave de
ouro a apresentação da escritora. O prof.Arquilau Moreira Romão, organizador do
evento, no afã da apresentação exorta a frase de Cecília Meireles em que esta
diz “que a vida só é possível se
reinventada”, introduzindo a próxima apresentação.
Angela Maria Cardoso Lago (Belo Horizonte, 1945) é uma escritora e ilustradora brasileira. continue em
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3. ROSEANA
MURRAY
Valendo-se de Cecília Meireles, inicia sua
fala – “não sou alegre nem triste; sou
poeta”. Isso para mostrar seu lado “pessimista” de ver a vida. Interessante
uma de suas observações quando diz que a sociedade atual nos cobra uma
felicidade em tempo integral. “Temos de
ser felizes vinte e quatro horas por dia, quando isso é impossível”.
Por sua descendência judaica, explica seu
lado mais real das coisas. Envolvida em projetos de leitura diz que “a literatura é generosa para abrir a porta
que vai desaguar no outro e se uma pessoa sabe ler um texto literário, esta
sabe ler qualquer texto que existe”.
Vai mais além ao afirmar que “a leitura não pode ser apenas um evento, mas
tem de ser um tempo de construção: pouco a pouco”.
Sua experiência de trabalhar com a leitura
em escolas municipais, onde o fluxo de crianças carentes é muito grande, isto
na pequena cidade de Saquarema, onde reside atualmente, a fez enxergar que “quando se faz um trabalho contínuo de
leitura, nós vamos vendo cada vez mais”.
Com relação à sociedade de consumo a que
estamos expostos atualmente, onde livros, revistas, toda sorte de informação
nos são impostas diariamente – temos de ser informados, temos de conhecer tudo,
temos de perceber e discernir entre o que é de real importância, e o que não
deve ser levado em consideração – faz um alerta ao expressar que “temos
de ser um grande leitor para saber o que importa de verdade, porque estamos
numa sociedade de consumo. Quando somos um bom leitor, conseguimos olhar a teia
de aranha e não pular dentro dela”.
Referindo-se então a fala da Eva Furnari,
onde a sociedade nos impõe um não envelhecimento, diz que temos de tomar
cuidado para envelhecermos com dignidade e isso é possível, enquanto que “como leitores, temos a capacidade de
resistir a toda esta sociedade que nos engana, uma vez que a verdadeira
felicidade é invisível e é ela que alimenta nossa alma”.
Seu prazer e seu envolvimento com projetos
de leitura é gritante; extravasa por todo seu corpo, pela sua voz, pelo seu
semblante quando nos exorta que a “leitura
é um espaço de liberdade” e que “temos
de compartilhar um texto” além do mais um livro sempre quer nos falar
alguma coisa e para tanto “para ouvir o
livro, temos de fazer um silêncio interno”.
Como tantas pessoas envolvidas com leitura
e preocupadas com as gerações futuras, não deixa de falar que “hoje o importante é um ser criativo que
saiba ler e entender”.
Para concluir sua fala, apresenta-nos um
conto seu e fala da dificuldade em se expressar em outras formas literárias que
não a poesia. Gosta de frases curtas, ritmadas, porém, em alguns momentos se
expressa através de contos.
Aí nos premia com um deles, extraído do seu
livro “Território dos sonhos”, onde numa autobiografia nos faz um relato de uma
criança introvertida que se torna anjo de um tio carente que acabara de perder
a mulher e a filha recém-nascida.
O silêncio se faz total; as emoções bailam
no espaço em meio à fala mansa da autora. Momento de verdadeiro devaneio
literário. Deixa-nos então uma questão no ar para reflexionarmos:
- “E vocês... de quem vocês são anjos?”
A equipe Tantas Palavras, abre a fala da
escritora com o clip Pensamento do grupo Raça Negra e fecha com Gilberto Gil e
a composição A paz.
(Enquanto preparava os apontamentos para postagem, eis que uma luz verde me chama atenção: é Roseana que se encontra on-line. É a tecnologia compactuando a nosso favor. Breve conversa. Momento de reencontro saudoso. Eu apenas uma participante dentre tantas outras naquele evento. Ela uma referência a tantos quantos me ouvem ou me leem, quando então me premia com a frase:
"...quando se é um bom leitor, percebe-se a teia da aranha, porém não cai dentro dela..."
Bom rever este texto. Bom relembrar as cenas. O envolvimento naquele instante. É a literatura que irmana. Aproxima. Torna partícipes os participantes. Obrigada amiga escritora. Escritora amiga).
(Enquanto preparava os apontamentos para postagem, eis que uma luz verde me chama atenção: é Roseana que se encontra on-line. É a tecnologia compactuando a nosso favor. Breve conversa. Momento de reencontro saudoso. Eu apenas uma participante dentre tantas outras naquele evento. Ela uma referência a tantos quantos me ouvem ou me leem, quando então me premia com a frase:
"...quando se é um bom leitor, percebe-se a teia da aranha, porém não cai dentro dela..."
Bom rever este texto. Bom relembrar as cenas. O envolvimento naquele instante. É a literatura que irmana. Aproxima. Torna partícipes os participantes. Obrigada amiga escritora. Escritora amiga).
Roseana Murray (Rio de Janeiro, 27 de junho de 1950) é uma poetisa e escritora de obras infanto-juvenis brasileira. continue em
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Apresenta seu livro a semente que veio da África: educando com equidade”, lenda sobre o baobá da África, porém o que a autora realmente quis nos dizer é que há uma “falta de equidade entre o repertório que apresentamos para nosso leitor”.
Por ser de
descendência negra, encontrou essa dificuldade, quando seu filho lhe cobrava
livros e leituras em que o negro não fosse apenas apresentado como escravo,
sendo humilhado nas senzalas, nos troncos, etc.
Em meio a suas
falas, faz-nos uma reflexão sobre o tema e nos exorta a pensar em quais
circunstâncias os negros e os índios são apresentados nas diversas literaturas.
Daí uma
realidade agressiva, gritante que a literatura nos impôs e nos deixou uma
questão na qual devemos “pensar na
biblioteca que apresentamos para nossos filhos, nossos alunos, nossos
educadores”.
Outro questionamento interessante, é
quando instiga a platéia a fechar os olhos,
voltar a infância e juventude e
rememorar os livros inesquecíveis. Dentre um e outro, ao final, deixou-nos uma
questão, propondo-nos a nos imaginar naquele personagem, naquela história que
nos ficou na lembrança e o que havia de comum nas situações vividas a partir de
então. Por ser psicopedagoga conseguiu adentrar no inconsciente coletivo.
De minha parte, num breve momento,
numa reflexão rápida, consegui perceber que ao tornar inesquecível um
personagem criado por um autor, por mim lido em minha adolescência, muito do
que meu inconsciente absorveu dali, em outro momento foi transformado em
realidade e já não era mais a leitora e sim a co-autora: o personagem
incorporara em mim. Aqueles já não eram mais os personagens de ficção, mas eram
a minha própria vida.
Jamais pudera supor, num encontro
literário, encontrasse uma análise dessa monta. Isso inclusive expus para a
autora e disse-lhe que tomaria como exemplo para estar passando a outras
pessoas.
Algumas observações extras :
Para a antropóloga e escritora Heloisa Pires Lima, ao longo do século 20, as representações dos negros nos livros infanto-juvenis brasileiros foram muito limitadas, refletindo - e, às vezes, denunciando - as condições dessas pessoas na sociedade. "Na literatura, os papéis reservados aos negros eram de personagens escravizados, folclóricos ou submetidos a situações de exploração e miséria, como as empregadas domésticas e os meninos de rua". continue em
O baobá também é conhecido como a árvore da sabedoria, pois quando você senta debaixo de um baobá, você faz um elo com o Criador e clareia suas ideias... continue em
(Infelizmente não encontrei postagens no you tube)
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Este é o mundo mágico da leitura, ao
ponto de proporcionar descobertas, encontros conosco mesmo, quem sabe até desencontros.
Esse nosso amor, essa paixão, esse
gosto infinito que salta nosso ser, temos de passar para outros.
Esse é um legado que jamais nos será
roubado, ele é nosso.
Foi
realmente um sábado rico em aprendizado. Um momento muito proveitoso.
Apontamentos, comentários, pesquisas extras e postagens de Inajá Martins de Almeida
terça-feira, 6 de novembro de 2012
PAPÉIS VELHOS - VELHOS PAPÉIS - Inajá Martins de Almeida
Papéis velhos / Velhos papéis.
Cá estou às voltas com eles.
Reviro: - Leio alguns enquanto agrupo outros.
Papéis velhos misturam-se às minhas memórias;
Agrupam-se a velhos papéis.
De lá para cá - seguem. Enfileram-se.
Mal cheirosos papéis velhos.
Lembranças passadas - o passado pensou apagar
Mas o passado não quer apagar.
Papéis velhos
Tornam velhos os papéis a me tirar o sossego.
Estanco. Retroajo.
Por que papéis velhos?
E volto a remexer; rasgar alguns.
Tornam-se velhos papéis outros.
E ao perguntar - por que? reflexiono - para que?
Papéis velhos a representar velhos papéis.
Percebo em papéis velhos retalhos alinhavados
no grande tear da existência.
E ao tecer velhos papéis, retalhos passados
entretecem as linhas da colcha.
Retalhos de vida entre lãs, linhas e livros que, ao transformarem-se em papéis velhos
passam a representar velhos papéis.
Metamorfose de velhos papéis
Em papéis velhos.
clique sobre a imagem
___________________
Poema, formatação e postagem de Inajá |Martins de Almeida
São Carlos 05/11/2012
domingo, 21 de outubro de 2012
A LEITURA COMO SIGNIFICAÇÃO
Em tempo algum se falou tanto em leitura, em formação de leitores
como nos dias atuais. Entretanto, o que percebemos é a necessidade premente em
se criar uma massa crítica avaliativa, formadora de opiniões – pesquisadores do
conhecimento e aplicadores do mesmo.
“Quem
está lendo está aprendendo” já alertava Monteiro Lobato.
A leitura pura e simples, não reflexiva, embora possa deixar de
construir senso avaliativo científico, contribui para conduzir ao hábito.
Mais ainda, não podemos apenas olhar a leitura, como acostumados
fôramos aos textos, mas a qualquer dado que nos apresente como fator informativo
e lhe atribuir significado – linhas e entrelinhas do texto.
A capacidade analítica dá ao leitor discernimento sobre o que se
lê. Possibilita-lhe a co-autoria.
Ao mesmo tempo em que, ao “abrirmos um livro, podemos vislumbrar um horizonte, que vai bem além de qualquer
ponto”. (Elanklever), ao término da sua leitura, uma nova história passa a ser tecida
com fios de novas palavras.
É a leitura que saiu das linhas do autor e ocupou o
espaço do leitor.
Atingimos a marca das 70.000 visitas. Obrigada leitor amigo.
___________________________
texto, foto e postagem de Inajá Martins de Almeida
21/10/2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
TEMPOS DIFÍCEIS
Texto de Inajá Martins de Almeida
Em meus questionamentos, passo a perceber que a humanidade, em toda sua história, jamais presenciara momentos tão confortáveis. Porém, em meio a tantas benesses que a era atual possa proporcional, jamais em tempo algum se viu tanta doença, tanta falta de fé, de esperança, de amor, de perspectiva de vida.
Contra sendo? continue lendo em
terça-feira, 18 de setembro de 2012
ÁLBUM DE RIO CLARO - Nelson Martins de Almeida
"A minha terra é terra de Indaiá...
Terra abençoada...
Trens que vão cruzando...
Sonhos dourados..."
Rio Claro minha terra natal
Ao atingirmos a marca das 70.000 visitas neste blog, quero fazer uma homenagem a uma pessoa muito especial - Nelson Martins de Almeida - meu pai.
Historiador incansável que aos noventa e quatro anos parte (09/05/2012), após deixar fabuloso legado, aos poucos resgatado por esta testemunha viva - sua filha Inajá.
A mim, toca-me profundamente o ter nascido na cidade paulista de Rio Claro no ano de 1950, quando então meu pai realizava trabalho histórico de inestimável valor para a cidade.
Quero neste momento, compartilhar algumas fotos retiradas do álbum, assim como trazer a lume um pouco daquele que foi meu exemplo de determinação, garra, fé. Legou-me as primeiras letras e o prazer pela leitura.
Inajá Martins de Almeida
recolhe retalhos de uma vida entre livros,
desenovela a história
aos poucos compõe retalhos,
numa colcha esplendorosa de lembranças
que o tempo não apaga
enquanto Elvio registra em fotos o momento
Fotos: Elvio Antunes de Arruda
Texto, montagem; Inajá Martins de Almeida
terça-feira, 31 de julho de 2012
DESCORTINANDO IDEIAS - Elanklever
clique sobre a imagem
_______________________
Tela em acrílico e Texto de Elvio Antunes de Arruda (Elanklever)
Montagem e arte digital de Inajá Martins de Almeida
sexta-feira, 20 de julho de 2012
ALBERTO SANTOS DUMONT - 139º aniversário - homenagem Google
Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um aeronauta, esportista e inventor brasileiro. Dumont é considerado por muitos brasileiros como o inventor do dirigível, do avião e do ultraleve.
Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch em 1901, quando em um voo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX.[1] Com a vitória no Prêmio Deutsch, ele também foi, portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares...continue lendo
terça-feira, 19 de junho de 2012
ZABÉ DA LOCA
"Em um mundo globalizado repleto de falsos valores artísticos, glorificados pela mídia, Zabé da Loca é uma figura excelsa. Fisicamente miúda, o rosto, um mar de rugas. E seu pífano, instrumento mágico, é um semeador de esperança. De onde virá tanta força e beleza, dessa criaturinha iluminada? Ela é um poema de Deus".
Ely Vieitiz Lisboa - http://replantiodeoutono.blogspot.com.br/
Belíssima reportagem. Desses encontros possíveis apenas quando se tem a alma inquiridora. Ávida por novidade.
Replantio de outono. Sementes que buscam por solos que possam germinar.
A semente fertiliza. Brota. Produz novas sementes.
Rica nossa cultura. Basta apenas termos olhar para sair das nossas quatro paredes.
Percebemos, então, a urgência em nos despir de falsos ornamentos. Esvaziarmo-nos de nós e deixar fluir o "poema de Deus" em nós.
É nesta manhã de outono que as lágrimas puderam se render à leveza suave de um rosto enrugado, olhos azuis esmaecidos. Mãos trêmulas mas que sabem elevar as notas em trinos exuberantes, como pássaros que gorjeiam livres no espaço.
Som da pedra. Melodia perceptível a alma voltada a natureza divina.
_______________________
postagem e comentários de Inajá Martins de Almeida
Ely Vieitiz Lisboa - http://replantiodeoutono.blogspot.com.br/
Belíssima reportagem. Desses encontros possíveis apenas quando se tem a alma inquiridora. Ávida por novidade.
Replantio de outono. Sementes que buscam por solos que possam germinar.
A semente fertiliza. Brota. Produz novas sementes.
Rica nossa cultura. Basta apenas termos olhar para sair das nossas quatro paredes.
Percebemos, então, a urgência em nos despir de falsos ornamentos. Esvaziarmo-nos de nós e deixar fluir o "poema de Deus" em nós.
É nesta manhã de outono que as lágrimas puderam se render à leveza suave de um rosto enrugado, olhos azuis esmaecidos. Mãos trêmulas mas que sabem elevar as notas em trinos exuberantes, como pássaros que gorjeiam livres no espaço.
Som da pedra. Melodia perceptível a alma voltada a natureza divina.
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postagem e comentários de Inajá Martins de Almeida
O ATO DE LER EM COMENTÁRIOS
Quantos encontros magníficos. Desta vez a professora Adriane despertou em mim o grato prazer da disseminação. Disseminar palavras. Letras nas linhas cibernéticas.
Grato prazer a leitura nos leva.
clique sobre a foto para visualizá-la em imagem nítida
segunda-feira, agosto 28, 2006
O poder de transformação da leitura
Esse foi o tema da redação das provas do Enem, neste domingo, quando fui aplicadora.
Como base havia três textos pequenos, sendo que o primeiro era de Inajá Martins de Almeida. O ato de ler - www.amigosdolivro.com.br Quero resgatar parte do texto, pois o mesmo reportou-me ao projeto do meu grupo. Reforçando a idéia da significação das imagens...."Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números, faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto."
As imagens foram a nossa primeira leitura e conseqüentemente serviram como base do nosso desenvolvimento intelectual.
As vezes algo simples, que parece pequeno na realidade contribui e muito para nossa formação integral.
Assim também é o ato de brincar. Que não é uma simples brincadeira é algo muito mais complexo. O ato de ler tão pouco utilizado em nossa civilização muda a postura dos seres. Quanto mais se lê, mais se quer ler e quanto menos se lê... Para ser um leitor não basta ser alfabetizado, decodificação mecânica não nos ajuuda a crescer, mas a assimilação, sim!
Em nossa especialização também vemos a importância que se dá para leitura e pela universalização dela, através de diversas sugestões e pela própria atividade da ficha de leitura onde disponibilizamos a quem interessar possa, o que lemos e onde encontramos as mesmas.
Temos medo do que não conhecemos e o ato de ler pode nos ajudar a vencer esses medos.
http://adrischmidt.blogspot.com.br/
_________________________
http://books.google.com.br/books?id=WD9hkIJrdEYC&pg=PA57&lpg=PA57&dq=inaj%C3%A1+martins+de+almeida&source=bl&ots=ltusZXzesl&sig=R4EeCgFRnvl2fNb-I4OqpqJtH9o&hl=pt-BR&sa=X&ei=tawTUuTAOYPc9ASnooHYAg&ved=0CD0Q6AEwBTgy#v=onepage&q=inaj%C3%A1%20martins%20de%20almeida&f=false
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sábado, 16 de junho de 2012
ADAGIO - Tomaso Albinoni
A letra me fala do encontro, mas também do desencontro.
E a música, num compasso ritmado, continuado, ininterrupto, toca o mais profundo do meu ser.
Passo a passo. Num compasso ritmado, lento, continuado. É o adágio que me cala alma.
Poderia ser a minha própria história a melancolia que o autor nos transmite?
Poderia ser a paz que o encontro lhe traz?
Um... Dois... Três...
O bater do compasso ritmado me leva ao som do vento.
Posso então sentir o silêncio num cicio suave e doce.
Retorno o questionar:
- seria esta a minha própria história adágio?
Quem sabe a sua história se misture com a minha. Com a tua. Com a nossa.
Mas, quando for o tempo certo... Eu sei... Poderei fechar os olhos.
Saber um pasto verdejante... o caminho.
Uma música. Um piano. Uma alma que vibra, que descansa ao som de um adágio...
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http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/il-divo/adagio/621775 - Il Divo - versão em italiano
Lara Fabian - versão em inglês
Eu não sei onde encontrar você
Eu não sei como procurar você
Eu ouço sua voz no vento
Eu sinto você sobre minha pele
Dentro do meu coração e da minha alma
Eu espero por você
Adágio
Todas essas noites sem você
Todos os meus sonhos envolvem você
Eu vejo e toco seu rosto
Eu caio nos seus braços
Quando for o tempo certo eu sei
Você estará em meus braços.
Adágio
Eu fecho meus olhos e acho um caminho
Não precisa rezar por mim
Eu sei que tudo o que restará
É um piano que toca.
Se você sabe onde me encontrar
Se você sabe como me procurar
Antes que as luzes se apaguem
Antes que eu perca minha fé
Seja o único homem a dizer
Que você ouvirá meu coração
Que você me dará sua vida
Que você ficará para sempre.
Não deixe que as luzes se apaguem
Não não não não não não
Não deixe que eu perca a fé
Seja o único homem a dizer
Que você acredita
Me faça acreditar
Que você não vai embora
Adágio
_____________________________
Dua versão simplesmente divinas. Bons sonhos.
sábado, 19 de maio de 2012
O TERCEIRO ATO DA VIDA
por Inajá Martins de Almeida
Manhã fria nesta cidade de São
Carlos. Como todas as manhãs, inicio minha rotina. Abro a caixa de mensagens.
Verifico as postagens no facebook. Algumas vezes encontro amigos. Pausa para uma
boa conversa. Eis que matéria interessante encaminha-me ao vídeo. Logo a mente
inquiridora, leva-me às pesquisas. Estas me motivam aos alinhavos.
Ontem, ao conversar com os jovens em
sala de aula, falávamos sobre o tempo e como este pode influenciar nosso
caminhar. Nossos sonhos. Nossas expectativas. Nossas metas. Milênios
percorridos pelo homem sem que grandes transformações se tornassem visíveis no
seu viver, no seu fazer.
Entretanto, pouco mais de dois
séculos foram suficientes para que nosso conhecimento caminhasse a passos
galopantes. Da agricultura, à revolução industrial, à era da tecnologia. Sabe-se
lá o que nos aguarda o futuro próximo.
O fazer cedeu lugar ao ser. E o
mundo não mais se encontrou o mesmo. Nós não somos mais os mesmos. O diferencial, contudo, está no que fazemos
para minimizar o estresse que todo esse avanço tem causado à humanidade.
Dizia-lhes que jamais me imaginara
estar à frente, numa sala de aula. Em minha adolescência abrira mão do curso
“Normal”. Incomodava-me o pensar professora. Partira apenas para o “Clássico”.
Todavia, não abri mão dos livros e a
opção veio. Bibliotecária. Acostumara-me aos livros. Os mesmos iriam me levar aos
conhecimentos técnicos para a carreira profissional. Salas de leituras. Projetos
de implantação de bibliotecas. Jamais as salas de aula. Entretanto, abro
parêntesis, para confessar ser gratificante este momento.
Enquanto notícias alarmantes. Professores
que abdicam à profissão, convidada sou a participar de ousado projeto de
trabalho e capacitação para jovens adolescentes - RASC. De pronto vibro com a
perspectiva de mais um desafio, entre tantos que forjaram minha escalada
profissional. Decorridos dois anos escrevo com satisfação inimaginável mais um
ato em minha história.
Percebi que adentrei o terceiro ato
de minha existência com garra inexplicável. Desejo imenso de fazer. De
participar. De contar. De transmitir meus retalhos. Minhas lembranças. Minhas
experiências. De registrar em blogs, em artigos, em leituras, em imagens, encontros
vários.
Relatar que fascinante se torna a
revolução da longevidade. Saber que podemos ter qualidade de vida, quando a
ciência nos propicia anos acrescentados a mais. Quando a gama de informação nos
leva a criar em nós expectativa para um viver saudável, no corpo, na mente e,
principalmente, no espírito.
Não percebo tanto a matemática. Os
jovens na faixa etária dos quinze anos. Eu a multiplica-la por quatro. Risadas
múltiplas pela observação. Eu a transmitir experiências vividas e vivenciadas.
Motivando aos alinhavos dos temas propostos. Eles a compactuarem a juventude e a
expectativa pelo futuro que estão a escrever. É a história que está sendo
registrada. São as bagagens encontradas nas mochilas.
E os retalhos me encontram. São eles
que passam a me escrever dia após dia. Assim fora esta manhã.
Confesso, contudo, que sou
resistente, em parte, as inovações tecnológicas. Computador. Internet. Salas de
bate-papo. Orkut. Facebook. Todavia, muito tem me valido às pesquisas. A
criação de meus blogs – cada qual com sua abrangência. Não saberia mais ver
meus dias passarem sem aquela visita diária. Alguma postagem. Assim, comentara
ser o tempo abreviado quando nossas atividades se multiplicam.
Nesta manhã, é a postagem no
Facebook, efetuada por Heitor Augusto que me chama ao tema que tanto me fascina
e envolve - longevidade.
Uma atriz – Jane Fonda. Há muito acompanho seu trabalho. Mulher linda. Talentosa. Família de artistas. Escritora. Palestrante. Motivadora. A mim pode me levar a novas pesquisas. Às linhas.
Uma atriz – Jane Fonda. Há muito acompanho seu trabalho. Mulher linda. Talentosa. Família de artistas. Escritora. Palestrante. Motivadora. A mim pode me levar a novas pesquisas. Às linhas.
Ela que, aos setenta e quatro anos,
chama-me atenção especial, quando envolta às metáforas do envelhecimento
vale-se da escada para a ascensão do “espírito humano”, leva-me a questionar a
escalada de minha existência. Gostei
imensamente do que ouvi. Do que li.
Há poucos dias presenciei o
desenlace de meu pai aos noventa e quatro anos. Embora seu corpo mostrasse a
fragilidade dos anos, sua mente mantinha-se intacta. Pude então abstrair de que na atualidade o
tempo que nos propicia o terceiro ato da existência pode ser melhor do que os
vividos em quantidade maior de números.
Com certeza não terei outros
sessenta e dois anos para desfrutar nesta terra. Porém, posso imaginar que
poderei ter qualidade melhor se aproveitar os anos que a mim forem dispensados.
Vibro com essa perspectiva.
Transmito aos jovens essa
experiência. A eles um vasto horizonte aberto. Os anos multiplicados em número.
A mim números somados a qualidade que venha agregar aos anos restantes.
Fantástica matemática.
Como então viver nossos últimos anos
com sucesso?
E de Jane Fonda, posso compactuar as
palavras: - valendo-nos da escada para nossa ascensão espiritual. Reavaliando
nossa existência. Servindo como exemplo do viver bem para gerações vindouras.
Sentindo a idade como potencial não como patologia.
Magnífica manhã. Inspiradora
mensagem. Encontros motivadores. Alinhavos profícuos entretecem nosso existir.
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*Jane Fonda: o novo livro, Prime Time: Love, Health, Sex, Fitness, fala sobre o que ela chama de terceiro ato de sua vida. Jane admite no texto que ainda se preocupa com a aparência e que sua idade a obrigou a diminuir o ritmo da rotina de exercícios físicos. A atriz foi uma das pioneiras nos vídeos que ensinavam e estimulavam as mulheres a malharem, mas depois admitiu recorrer a cirurgias plásticas.
A filha do lendário ator, Henry Fonda, Jane nasceu e cresceu na cidade de Nova Iorque. Depois de ter estudado arte no Vassar College, voltou-se para a moda e o estudo da arte de representar. Depois do primeiro êxito no filme “Até os Fortes Vacilam” (Tall Story), em 1960, a sua carreira seguiu o rumo do sucesso.
Nome completo: Jane Seymour Fonda, atriz e escritora. Sua história tem final feliz: na terceira idade, Jane venceu a batalha contra um câncer no seio, voltou ao cristianismo, continua a escrever livros e a promovê-los na mídia. Reaproximou-se dos filhos e tornou-se avó amorosa.
Aos 75 anos de idade observou: "Ainda vivemos sob o antigo modelo, no qual a idade é vista como uma patologia, uma doença”. .. leia toda a matéria em
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Dra. Rita Levi-Montalcini - professora, cientista, exemplo de determinação, longevidade. Aos 100 anos demonstra a jovialidade dos 20 anos, demonstrando que o cérebro pode se manter ativo enquanto o corpo enruga.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
NELSON MARTINS DE ALMEIDA: quase um século de história
"Há pessoas que partem. Apenas partem. Há pessoas que partem e se vão. Mas há pessoas que se vão e não partem". Inajá Martins de Almeida
Já com idade avançada, nos seus noventa e quatro anos, vejo meu pai. Quieto, absorto nas leituras, sempre concentrado em seus pensamentos.
Ora lê. Ora escreve. Pouco fala. A audição e os passos lentos, lhe dão sinais da longevidade, mas a mente, mostra lucidez aguçada, que o tempo não corrompe.
Leitor perspicaz, a memória não o condena. O passado, no presente, está sempre a colocar na pauta do dia. Nem ao menos uma vista além de um ponto lhe passa despercebida.
Os livros - paixão sempre presente. Interessado pela leitura e pelo transmitir o gosto e o saber de sua importância, tem no interesse da nova geração o galardão maior. Ademais
Os livros - paixão sempre presente. Interessado pela leitura e pelo transmitir o gosto e o saber de sua importância, tem no interesse da nova geração o galardão maior. Ademais
São poucos os que se sentam para ouvir histórias.
São poucos os que se dedicam a contar histórias.