terça-feira, 6 de novembro de 2012

PAPÉIS VELHOS - VELHOS PAPÉIS - Inajá Martins de Almeida

Papéis velhos / Velhos papéis.
Cá estou às voltas com eles. 

Reviro: - Leio alguns enquanto agrupo outros.

Papéis velhos misturam-se às minhas memórias;
Agrupam-se a velhos papéis.

De lá para cá - seguem. Enfileram-se. 
Mal cheirosos papéis velhos.

Lembranças passadas - o passado pensou apagar
Mas o passado não quer apagar.

Papéis velhos
Tornam velhos os papéis a me tirar o sossego.

Estanco. Retroajo.
Por que papéis velhos? 

E volto a remexer; rasgar alguns.
Tornam-se velhos papéis outros.

E ao perguntar - por que? reflexiono - para que?
Papéis velhos a representar velhos papéis.

Percebo em papéis velhos retalhos alinhavados
no grande tear da existência.

E ao tecer velhos papéis, retalhos passados
entretecem as linhas da colcha.

Retalhos de vida entre lãs, linhas e livros que, ao transformarem-se em papéis velhos
passam a representar velhos papéis.

Metamorfose de velhos papéis
Em papéis velhos.

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Poema, formatação e postagem de Inajá |Martins de Almeida
São Carlos 05/11/2012

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