Papéis velhos / Velhos papéis.
Cá estou às voltas com eles.
Reviro: - Leio alguns enquanto agrupo outros.
Papéis velhos misturam-se às minhas memórias;
Agrupam-se a velhos papéis.
De lá para cá - seguem. Enfileram-se.
Mal cheirosos papéis velhos.
Lembranças passadas - o passado pensou apagar
Mas o passado não quer apagar.
Papéis velhos
Tornam velhos os papéis a me tirar o sossego.
Estanco. Retroajo.
Por que papéis velhos?
E volto a remexer; rasgar alguns.
Tornam-se velhos papéis outros.
E ao perguntar - por que? reflexiono - para que?
Papéis velhos a representar velhos papéis.
Percebo em papéis velhos retalhos alinhavados
no grande tear da existência.
E ao tecer velhos papéis, retalhos passados
entretecem as linhas da colcha.
Retalhos de vida entre lãs, linhas e livros que, ao transformarem-se em papéis velhos
passam a representar velhos papéis.
Metamorfose de velhos papéis
Em papéis velhos.
clique sobre a imagem
___________________
Poema, formatação e postagem de Inajá |Martins de Almeida
São Carlos 05/11/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor agradeço pela visita e comentário, porém ele somente será publicado após aprovação.