Havendo nascido entre lãs, linhas e livros a leitura me levou à escrita e me fez aproximar do escritor.
As palavras foram logo me encontrando... E me escrevendo. E eu lia... E escrevia... E apagava... E voltava a escrever... Por que escrevendo ia me conhecendo e me deixando conhecer, por aqueles que me liam.
E o pensador me dizia:
- “Gosto de escrever, porque gosto de ler o que penso”. (Elanklever)
E ao pensador eu escrevia:
- Gosto de escrever minhas impressões, porque com o passar do tempo, ao lê-las, percebo o quanto elas me foram significativas, principalmente quando as posso compartilhar com aquele que trouxe inspiração maior para a rima dos meus versos, para a expressão da minha prosa.

Livros - Sandro Boticelli
Alessandro di Mariano Filipepi - conhecido como Sandro Botticelli - Florença 1445-1510
Escrevendo posso marcar encontros com meu próprio ser e me descobrir dia após dia. Registrando minha fala, aqueles que por ventura com ela tiver contato, poderão me conhecer melhor.
Uma leitura pode nos remeter a outras tantas, se a necessidade por desvendar e questionar o desconhecido é forte em nós porque, se livros nos tornam livres e podem resgatar sonhos adormecidos, quando um se fecha, uma nova história acontece.
A linha sai das entrelinhas – torna-se artesã das palavras - e vem ocupar os palcos; a ideia central do autor dá novo colorido. A vista vai além do ponto final, pois, ainda que não as registremos no papel, uma caixinha já se abriu em nossa mente e teceu sua impressão. Já nos tornamos artífices da palavra. Daí para ser colocada no papel é apenas questão de propósito, pois como diz Saramago, “somos todos escritores, apenas uns escrevem outros não”.
Texto de Inajá Martins de Almeida
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