Como falo em retalhos, participando da 8ª Feira do Livro de Ribeirão Preto no ano de 2008, tive a boa sorte de estar no Salão de Ideais e sorver as brilhantes palavras de Carlos Nejar, transcritas, algumas, aqui neste espaço. Assim, com certeza, as palavras buscam e alcançam aqueles que se irmanam nos mesmos anseios. Gratas lembranças, decorrido o tempo. Retalhos de uma vida entre livros.

"Foram as palavras que me começaram. As palavras tem cor, tem brilho e escondem um mundo atrás delas... As vezes não é a inteligência que aprende o sentido das palavras, mas é ele, o sentido, que nos alcançam e nos descobrem. No momento em que designamos a palavra, ela toma um sentido novo".
"O poema, sobretudo, deve ser dito e eles são feitos para serem lidos em voz alta. É da natureza do poema ser uma voz coletiva, daquele que não pode falar, mas que quer falar, porque a poesia fala por si. O poema se comunica, tem vida própria. Se os poemas não sobreviverem por eles mesmos, não adianta nada eu defendê-los. O poema, muitas vezes é nosso filho, mas outras tantas é nosso pai ".
"A gente pode ler com paixão e o livro, deve ter a sua própria respiração".
"Se a gente escreve um livro para mudar uma vida, já valeu tê-lo escrito".
"As coisas são mágicas, ou nada. Podemos inventar a realidade e nos encantar com ela".
"A vida é muito maior do que a gente, e o que a gente escreve é muito maior do que a gente é, porque a obra tem de ser maior do que o autor".
"A arte de resistir é a arte da palavra, porque antes de tudo, é a arte da vida".
"Percebemos que não podemos deixar a pedra no meio do caminho; temos de removê-la, transformar a pedra em outra realidade".
"A língua portuguesa é uma ventura de almas".
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(8ª Feira do Livro de Ribeirão Preto 2008 - Escritor Carlos Nejar - Salão de Ideias. Anotações efetuadas e transcritas por Inajá Martins de Almeida)
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