por Inajá Martins de Almeida
Noite de insônia
torna-me viajante no tempo.
Distante de ti, de mim, vejo
se apartarem teus olhos;
- quiçá, no horizonte,
saudade de mim, permaneça.
Vazias, minhas mãos, saboreiam
a ardência das tuas
a me buscar, frenéticas,
na noite que se vai insone.
E, ao sentir tua presença,
em sonho, tão real
a linha divisória, que nos distancia,
jamais conseguirá, de mim levar
a tênue lembrança do amor
- aquele que nos fora tão intenso -
e, ainda que a brutal enfermidade
o tenha apartado do nosso convívio,
o cheiro agradável do teu toque
se fará sentir, eternamente,
na distância que nos aproxima, visceral,
em cada noite de insônia.
em cada noite de insônia.
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O desafio que o mestre, escritor, poeta e professor nos traz neste dia 31 de julho, com seu desafio criativo, inspirou-me as linhas, tendo como pano de fundo os belíssimos poemas do poeta e a lembrança do marido que me faz companhia no virtual e que tão real a mim.
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