Texto de Inajá Martins de Almeida
Pedro se perdera naquela noite. O fantasma tirava-lhe o sono. A noite era sombria. Silêncio total. A cruz vazia. O sepulcro fechado. Sentinelas a vigiar, entretanto, ao longe estranho e minúsculo pássaro, entoava seu canto noturno. Quase que um lamento. Imperceptível a ouvidos descuidados, prolongava-se ininterrupto do crepúsculo ao romper da aurora, numa vigília diária. Na escuridão ele podia vislumbrar o horizonte, porque ele sabia a quem cantava. Pedro se angustiava.
Quantas vezes também nos perdemos em contradições. Levantamos nossa voz quando devíamos calar. Permanecemos em silêncio, quando devíamos falar. Falamos movidos por ímpetos de ira momentânea, o que realmente não pretendíamos falar. Em retórica, ouvimos o que não gostaríamos de ouvir. Recuamos por demais. Avançamos impensada e impiedosamente. Pior ainda quando o discernimento foge ao entendimento dos fatos. Pensamos até em abandonar o barco... leia o texto em sua íntegra...
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