sábado, 19 de março de 2011

HINO NACIONAL BRASILEIRO

1ª parte
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.



Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada 
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!


Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

2ª parte

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.


Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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Apaixonada pela letra e música do nosso hino nacional, em pesquisas, deparo-me com um belíssimo estudo efetuado pelo escritor Fábbio Cortêz, o qual transcrevo alguns parágrafos.

"Autoria do hino 

A música, composta em 1822, é de Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro/RJ, 1795 – Rio de Janeiro/RJ, 1865), que foi diretor musical da Capela Real, compositor, maestro, professor, posteriormente mestre-de-capela da Imperial Câmara, além de fundador do Conservatório do Rio de Janeiro, atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 


Tentou-se adaptar algumas outras letras à melodia estabelecida, mas a atual – e definitiva – , escolhida por meio de concurso em 1909, é de Joaquim Osório Duque-Estrada (Pati do Alferes/RJ, 1870 – Rio de Janeiro/RJ, 1927), escritor, crítico literário, professor, jornalista e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). 



Note que o autor da letra nasceu cinco anos depois da morte do autor da música. O texto só foi oficializado como letra do Hino Nacional em 6 de setembro de 1922, véspera do Centenário da Independência, por Decreto do então presidente Epitácio Pessoa".  

"... o entendimento simplificado da letra, em versão livre, mantendo-se a separação das estrofes originais

I
As margens tranquilas do riacho Ipiranga ouviram o grito forte de um povo heroico e o sol da Liberdade, em raios cintilantes, brilhou no céu de nossa Pátria naquele momento.

Contigo, ó Liberdade, o nosso peito desafia a própria morte se conseguimos conquistar a garantia dessa igualdade com firmeza!

Ó Pátria amada, por quem transbordamos de amor, damos "Vivas" a ti!

Meu Brasil, um sonho intenso, um raio nítido de amor e de esperança desce à terra se a imagem da constelação "Cruzeiro do Sul" brilha intensamente em teu céu formoso, risonho e claro.

Gigante corajoso, pela própria natureza és belo e forte, e no futuro será notória essa grandeza.

Entre outras mil terras, tu és adorada, ó Pátria amada, meu Brasil!

Tu és, Pátria amada, a mãe generosa dos filhos deste solo.

II
Ó meu Brasil, rico ornato da América, tu brilhas iluminado à luz solar deste jovem continente, estabelecido para sempre neste solo extenso e rico ao som do mar que dominas e à luz dum céu inigualável.

Brasil, teus risonhos e lindos campos têm mais flores do que a terra mais vistosa, assim como nossos bosques têm mais vida e nossa vida em teu coração tem mais amores que qualquer outra terra.

Ó Pátria amada, por quem transbordamos de amor, damos "Vivas" a ti!

Brasil, que a bandeira estrelada que tu exibes com orgulho seja símbolo de amor eterno e suas cores verde e amarela digam "Temos Glória no passado e ansiamos pela Paz futura".

Mas se para a guerra tu ergues a arma forte da justiça, verás que um filho teu não foge à luta e quem te adora não teme nem mesmo a própria morte.

Entre outras mil terras, tu és adorada, ó Pátria amada, meu Brasil!

Tu és, Pátria amada, a mãe generosa dos filhos deste solo. "

................................... 
Copyright Fabbio Cortez 


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