domingo, 23 de maio de 2010

OS VIVENTES - Carlos Nejar

O autor não se preocupou com o tempo e criou personagens. São poemas, que devem ser lidos em voz alta, que marcam personagens desde os mais longínquos mitos como Narciso, Tântalo e outros, até os carteiros, pintores, escritores, músicos, lavradores, e mais, todos têem seu espaço, todos são contados num rítmo incomparável pelo dom poético do autor. Obra e autor se mesclam e impossível separar um do outro.

"Sou o filho predileto do Pai,
o mais amado. E provado
na agonia. Vendido,
atraiçoado. Conduzido
ao cárcere da morte..."

José do Egito, que tanto é contado agora em versos, na escrita ritmada e sonora do autor que consegue trazer aos versos, uma das mais lindas cenas do nosso Antigo Testamento. A sensibilidade do poeta tocou-me fundo. Não há como separar o autor da sua obra, assim como deixar de envolver o leitor.




comentários de Inajá Martins de Almeida
_____________________

Nejar, Carlos -  Os viventes: poesia  -  Rio de Janeiro: Record, 1999.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor agradeço pela visita e comentário, porém ele somente será publicado após aprovação.