O autor não se preocupou com o tempo e criou personagens. São poemas, que devem ser lidos em voz alta, que marcam personagens desde os mais longínquos mitos como Narciso, Tântalo e outros, até os carteiros, pintores, escritores, músicos, lavradores, e mais, todos têem seu espaço, todos são contados num rítmo incomparável pelo dom poético do autor. Obra e autor se mesclam e impossível separar um do outro.
"Sou o filho predileto do Pai,
o mais amado. E provado
na agonia. Vendido,
atraiçoado. Conduzido
ao cárcere da morte..."
José do Egito, que tanto é contado agora em versos, na escrita ritmada e sonora do autor que consegue trazer aos versos, uma das mais lindas cenas do nosso Antigo Testamento. A sensibilidade do poeta tocou-me fundo. Não há como separar o autor da sua obra, assim como deixar de envolver o leitor.
comentários de Inajá Martins de Almeida
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Nejar, Carlos - Os viventes: poesia - Rio de Janeiro: Record, 1999.
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