quarta-feira, 26 de maio de 2010

O TESOURO DA CASA VELHA - Cora Coralina

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985) - Cora Coralina. Seu nome já é poesia. Ana, mas optou por Cora Coralina. Soa melódico poético, daqueles que queríamos fosse nosso. 
Sua idade  - 90 anos - não poupou palavras delicadas, de carinho e, acima de tudo, sinceras do poeta  Carlos Drummond de Andrade, ao tomar conhecimento de seus poemas, editados quando então contava 76 anos, muito embora desde jovem escrevia e engavetava, não se importando na edição. Mas, para nosso deleite, eles vieram à lume.    
Seus contos, fala de cada um de nós. A mim as almofadas calaram fundo, pois sempre me via as voltas com elas, por todo canto - ainda elas se fazem presente. Sua fala ritmada, suave, terna, simples cala direto ao gosto das mulheres que se irmanam no ofício do artesanato. E nos juntamos a tantas quantas e nos encantamos e vivemos e sonhamos. 
Deliciosa leitura, encontro significativo, realmente é o tesouro da casa velha, de todas nós.

"De cima das cadeiras e nos encostos, no assoalho, em todas as direções, na entrada e na saída, tolhendo os passos, e atrapalhando as pernas, estiravam-se, quadravam-se, ou arredondavam-se as almofadas da boa senhora".




comentários de Inajá Martins de Almeida
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Coralina, Cora.  O tesouro da casa velha.   / Cora Coralina.   4ª ed . (Seleção Dalila Teles Veras).  São Paulo: Global, 2001. (obras de Cora Coralina).  

2 comentários:

  1. Fico muito emocionada com a história de vida dessa linda e jovem senhora Cora Coralina. Acompsnhei a linda homenagem q a TV BRAZIL fez a essa escritora. Para mim foi uma viagem no tempo, conheci o local q ela nasceu e onde tudo aconteceu. Gosto de todos os seus poemas e sempre posto no face. Obrigada Cora por vc ter existido , vc foi um exemplo.

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  2. Caro leitor

    Feliz por tua visita, pelo comentário. Todos nos emocionamos com esse exemplo de vida. Pudéramos nós nos espelharmos e quem sabe podermos espalhar amor, carinho, poemas a se perderem de vista, até a vista que a vista possa alcançar.

    Vamos nos permitir poetas, poetisas. Vamos nos permitir Coras... Coralinas...

    Obrigada.

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