segunda-feira, 17 de maio de 2010

O PROFETA - Kahlil Gibran

"Por que buscar o inalcançável?" 

Ao cair da tarde, a profetisa agradece pelo lugar, pelo dia, pelo que ouvira... 
Mas será que ao falar também não somos ouvintes? repica o profeta. 

Se pararmos para uma breve e sensata reflexão, percebemos que ao falar somos mais ouvintes do que àqueles a quem falamos. Primeiro para nós falamos, para depois atingir o outro, porque, em outro momento se encontra escrito:

"Homem nenhum lhes pode revelar nada, senão aquilo que já queda meio adormecido no alvorecer de seu conhecimento", 
e faz surpreendente conjectura, quando lhe propõem a falar sobre o ensino.

Um livro que fala aos corações de geração em geração. Leitura primeira e releituras várias. A mim tocou o âmago e continua tocando, quando na década de 70 me coloquei à caminhada em busca do meu eu interior. 
Incansável tecelã, das linhas, dia e noite o tempo tecia uma jornada a recolher retalhos por onde passava, que pudessem falar de mim. Entre lãs, linhas e livros, recolhendo retalhos, 
Gibran foi, então,  parte dessa colcha. Influenciou parte da minha jornada espiritual.

"É na troca das dádivas da terra que encontrarão abundância e satisfação" ... Pois 
"se vago e nebuloso é o começo de todas as coisas, mas não seu final"... 
"Não foi acaso essa preocupação afetuosa com meus dias e noites que tornou o alimento doce em minha boca e povoou meu sono de visões? 

Se sua jornada neste universo fora breve - apenas 48 anos (1883-1931) - sua obra-prima O Profeta, tornaria seu nome internacionalmente conhecido, levando o leitor a compreender e refletir sobre assuntos, até corriqueiros, do nosso dia a dia, mas que se vestem de nova roupagem, dado o talento do grande escritor, filósofo - Filho do Líbano. 




comentários de Inajá Martins de Almeida
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Gibran, Kahlil.  O profeta  / Kahlil Gibran; tradução de Eduardo Pereira e Ferreira: posfácio e biografia de Safa Alferd Abou Chahla Jubran. - São Paulo : Editora Nova Alexandrina Ltda., 2002.

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